O caso dos processos de regulação de poder paternal - a situação em que Vanessa também estava envolvida - são os que vivem situações mais graves. Os atrasos chegam quase a um ano e há funcionários com mais de cem casos entre mãos para resolver. "É impossível fazer um acompanhamento eficiente nestas circunstâncias", adiantou um técnico, ao JN, dando conta de que depois da morte da criança já houve várias reuniões no Instituto para definir procedimentos.
Sobrecarga de trabalho
Os funcionários do Instituto de Reinserção Social queixam-se de sobrecarga de trabalho. E a aposta do Ministério da Justiça na aplicação da vigilância electrónica, em substituição à prisão preventiva, faz com que seja essa uma das prioridades daquele organismo, que está sob a tutela daquele Ministério.
"No período experimental era uma empresa que colocava as pulseiras electrónicas e fazia a monotorização das situações. Agora, isso está a ser feito no Instituto de Reiserção Social, com natural sobrecarga para os funcionários", disse uma fonte ao JN.
Refira-se, ainda, que o sentimento de desconfiança que agora se vive no organismo é tal que, nos últimos dias, perante os pedidos dos governos civis de todo o país para conhecerem o número de funcionários e e elementos sobre as instalações, o IRS determinou que não deveria haver respostas.
Acho muito bem que se apurem responsabilidades, mas é de realçar a falta de recursos humanos em muitos organismos públicos, nomeadamente aqueles que lidam directa ou indirectamente com crianças. Cem casos para um funcionário... Como é humanamente possível lidar com cem casos?
Escrito por Elise às 10:13 da tarde
3 Comments:
A nossa legislação sobre esta matéria é incrível. Dá toda a margem de manobra aos negligentes e, pior ainda, aos "criminosos". A CPCJ's vivem em constante sobressalto, impotentes para resolver casos que seriam simples num quadro legislativo menos impregnado de "direitos". Sei do que falo. Beijos Azurara