Os portugueses podem preparar-se para apertar ainda mais o cinto. O desequilíbrio orçamental é tal que o Executivo tem que tomar medidas inadiáveis e muito difíceis. O aumento de impostos indirectos, como o imposto sobre os combustíveis ou o IVA, a introdução de portagens nalgumas SCUTS, e o congelamento de salários da Função Pública são algumas das hipóteses em cima da mesa. Tudo em nome do combate à crise, anunciada segunda-feira pelo Governador do Banco de Portugal.
O diagnóstico está feito, falta o tratamento. O ministro das Finanças já admitiu que é preciso cortar 4 mil milhões de euros nas contas públicas nos próximos anos e para isso há que começar já. Com efeitos imediatos, o Governo pode optar por subir os impostos indirectos. É o caso do IVA, cuja taxa máxima pode subir para 21% e pode haver mexidas também na taxa mínima de 5%.
O Executivo pode também aumentar o imposto sobre os produtos petrolíferos e o imposto sobre o tabaco. Uma outra medida que pode estar em cima da mesa é a introdução de portagens em algumas SCUT. De acordo com o «Jornal de Negócios», a SCUT do Algarve, conhecida como Via do Infante, e a da Costa de Prata estão na mira do Executivo.
Do lado da despesa., Luís Campos e Cunha pode recorrer ao congelamento de salários da Função pública, à suspensão da progressão automática das carreiras da Função Pública e também fazer cortes no investimento público.
A longo prazo, as medidas do Executivo podem passar pela revisão das regras dos subsídios de desemprego, pela equiparação do regime de pensões da Função Pública ao regime geral da Segurança Social e ao aumento da idade de reforma, para além de medidas efectivas de redução de organismos do Estado e do número de funcionáriospúblicos.
O povo adormecido, consente e nem questiona. Ainda por cima hoje é dia de ópio. Temos o que merecemos...
Escrito por Elise às 10:40 da manhã
5 Comments:
Guterres quis que o Estado fosse "uma pessoa de bem" e admitiu formalmente na Função Pública cerca de 400 mil contratados, avençados e "atípicos". A Função pública passou para o dobro. O resultado está aí. Não há dinheiro para pagar todos os direitos - que são muito mais do que os salários. Resta-nos berrar, como os bois (na expressão de um idóneo conhecido).
È caso para dizer: eles falam, falam e não fazem nada... todos diferentes, todos iguais. Ai este Zé Povinho que ainda vai em cantigas. Estamos de tanga pessoal...