quarta-feira, junho 29, 2005

Casamento de Homossexuais - uma perspectiva

Once same-sex marriage finally becomes legal throughout Canada, my mother
will breathe a sigh of relief. Her only daughter will have no more reason to
object to the idea of formally tying the knot.
It's not what you think. Barring the possibility of my falling in love with
a woman for the first time, the person I marry will most likely be a man.
Still, same-sex marriage might lead to at least one heterosexual marriage -
mine.
The bible-bashers and I agree on one thing: gay marriage changes the
definition of marriage.
The difference is, I see that as a positive development affecting all
couples, regardless of orientation.
I used to say I'd never get married. After all, the term "husband" comes
from the same roots as "animal husbandry." It used to mean "master of a
house."
I am not a cow. I don't need to be husbanded.
Etymology aside, marriage has historically been largely about economics, not
love. Why else would so many marriages in so many cultures throughout the
ages have been arranged?
When most of my female ancestors reached a suitable age -- 17, in my
grandmother's case -- they were married off to suitable men.
Good economic prospects? Check. Appropriate social status? Check. No obvious
genetic disease in the family? Check. Love wasn't really part of the
equation, although with luck, affection might grow alongside children and a
sense of duty.
Traditional marriage made a woman her husband's responsibility as well as
his chattel. He had to provide for her; in exchange, she became Mrs. John
Doe, her identify all but erased.
Until the 19th century, any property a woman might own passed automatically
to her husband upon marriage and any wages she might earn after marriage
also became her husband's.
In Ontario, it wasn't until 1872 that married women got to keep their own
wages, and not until 1884 were they able to own their own property.
Yes, that was the 19th century. But consider this. Until 1983, a Canadian
husband could legally rape his wife. If that doesn't say a woman was her
husband's property, I don't know what does.
Of course, marriage hasn't just been about ownership. It's also
traditionally been about sex, procreation and religion.
But the world has changed. People don't need a licence to have sex anymore.
And when's the last time you heard the phrase "living in sin?"
People have children without getting married, while others get married
planning never to have children. Those who want rug-rats can obtain them
through adoption, in-vitro fertilization or surrogates.
Churches no longer have a monopoly on marriage. Any heathen can get married
without the whole religion bit.
Now that wedding bells aren't a prerequisite for "getting some," women
aren't anyone's chattel and couples don't necessarily need to reproduce,
there's only one reason left for marriage: love.
In a world where people get married solely because they love each other and
want to spend the rest of their lives together, there's no good reason why
they can't be two men, two women or, indeed, two people who choose not to
identify themselves with either sex.
And for the couples who happen to be one man and one woman? Legalizing
same-sex marriage means marriage is, at last, a partnership between equals,
bonded by love.
When the federal government declares marriage open to my gay and lesbian
friends, it'll become an institution I'd be proud to participate in.
Now, all I need to do is find someone to marry. Karen Kawawada

Para quem não sabe o Canadá legalizou o casamento de homossexuais.

Ps- thanks for the article, Martine! :)
Escrito por Elise às 3:02 da tarde

9 Comments:

sou contra essas paneleirices!
Anonymous Anónimo, at junho 29, 2005 3:53 da tarde  
eu não! que se casem e sejam felizes!*
:)

*se a sociedade estiver preparada para isso, claro.
Blogger Elise, at junho 29, 2005 5:02 da tarde  
I enjoy the part of true equality.
Anonymous Anónimo, at junho 29, 2005 5:45 da tarde  
Os homossexuais (HMS) que vivem em comunhão de vida não gozam de protecção jurídica em caso de morte de um deles, assistência na doença,etc. No hospital ou prisão, quando as visitas são só para o conjuge, o HMS pura e simplesmente não tem direito a visitas. Ambos contribuem para a compra da casa em compropriedade - a única hipótese de o fazerem em conjunto - e se um deles morre, a família deste é que vem herdar um património engordado e mantido pelo "viúvo". A família herdeira muitas vezes nem falava com o familiar porque tinha vergonha de ele ser "maricas", mas para herdar já aparece com a força toda. Existem problemas com a sucessão no arrendamento, com a justificação de faltas no trabalho para apoio na doença,etc. Tudo direitos que os cidadãos têm com naturalidade. Menos os HMS.

Não defendo que os HMS possam ter um casamento em tudo igual ao dos hetero. Até porque se afirmam o direito á sua diferença, não lhes é legítimo que se esqueçam dessa diferença só quando lhes convém.

Mas algo deve ser feito para regularizar situações sociais de sofrimento e de injustiça. E o sofrimento e a injustiça não têm género.

E repare-se que sou muito crítico em relação à forma como as organizações gays estão a querer impor padrões de vida a toda a gente, como se os critérios deles é que fossem os correctos, os maioritários, os culturalmente avançados ou os mais bonitos na estética.

No tempo de Guterres, em vez de se ter feita aquela parvoíce das uniões de facto para heterossexuais - que acaba por ser um regime legal intermédio entre o casamento e a falta dele, que só levanta problemas na prática, tanto mais que quem quer estar casado casa-se e quem não quer não se casa, ninguém proibe o casamento ou o divórcio -, deveria isso sim ter legalizado as uniões de facto entre HMS.

Digo eu.
Anonymous Anónimo, at junho 29, 2005 7:14 da tarde  
Carneiro, não conheço de forma aprofundada a legislação sobre uniões de facto. Por isso pergunto, as injustiças que referiste ficam "resolvidas" digamos assim, com a legalização de uniões de facto entre HMS?

" sou muito crítico em relação à forma como as organizações gays estão a querer impor..."

Também gostaria de adicionar que não acho muita piada a paradas de orgulho gay. (my cousin martine will kill me over this, ehhhhh)
Blogger Elise, at junho 29, 2005 7:50 da tarde  
"... or, indeed, two people who choose not to identify themselves with either sex."

Xiça!!!
Blogger Agnelo Figueiredo, at junho 30, 2005 2:48 da manhã  
Azurara... ;)
Blogger Elise, at junho 30, 2005 9:20 da manhã  
Paradas Gay - é a exuberância agressiva e provocatória daqueles que confundem paneleirices com homossexualidade. Só cria anti-corpos na sociedade em relação à causa gay.

Eu para afirmar a minha heterossexualidade não preciso andar a exibir a genitália ou a apalpar o cu a tudo o que seja gaja boa que comigo se cruze na via publica.

Nem com cartazes a dizer:"gosto de gajas" (aliás, basta o meu olhar de carneiro mal morto para elas saberem quuanto são adoradas... Mas isso sou eu que sou especial)

Voltando á parte séria:

A união de facto permite justificar faltas ao trabalho para apoio ao "conjuge" na doença, transmissão do arrendamento em caso de morte do primitivo inquilino, acesso ao estatuto fiscal de "vivência conjunta", direito a reclamar da segurança social uma pensão de sobrevivência proveniente dos direitos sociais do falecido, direito a uma coisa parecida com o "apanágio do conjuge sobrevivo" - o viúvo pode impedir partilhas com os outros herdeiros em relação ao recheio da casa morada de família, mesmo que esse recheio também pertença aos outros herdeiros -, direitos de visita em prisões e hospitais reservada a conjuges e equiparados, etc.

Estive a escrever de cor, sem ler a lei. Mas estes são os principais "itens".

Questões práticas graves têm acontecido com decisões médicas sobre um doente inconsciente - quem autoriza a cirurgia ou a reanimação ou a transferência para outro hospital, o companheiro(a) ou a família do doente ? - e com andares comprados em nome de um, mas pagos pelos dois - quando se separam, aquele que pagou metade ou mais, mas não tem o andar em seu nome, fica "a arder". Imagine-se se fosse assim em cada divórcio dos hetero.

Do meu ponto de vista, estas questões têm relevância social, e é pena que quer os homossexuais, quer as organizações criadas para os defender e promover, passem mais tempo a exibir beijos lambuzados na boca e fios dentais entalados nas badanas do cagueiro para as camaras das TV's do que a criar soluções para a vida condigna daqueles que, por decisão genética ou própria, querem viver de forma sexual alternativa.

Agora não me queiram convencer que ser homossexual é que é bom, moderno, culto e europeu.

Se o movimento gay respeitasse e não enfrentasse tanto a sociedade heterossexual que é a NORMAL - digam o que disserem -, talvez fossem mais respeitados na sua diferença e talvez aqueles que comprendem o problema gay e o querem ajudar a resolver, sendo hetero, não acabassem por se sentir sistematicamente hostilizados.
Anonymous Anónimo, at junho 30, 2005 10:55 da manhã  
Pois, as paradas gay desagradam-me exactamente pelo tom provocatório. Acho que marchas sobre qualquer tipo de orgulho podem ser dispensadas nos dias que correm.

E julgo que muitas das batalhas pelos direitos humanos passam pelos tribunais e pela mudança não agressiva da mentalidade da sociedade. Pessoalmente considero as paradas gay hostis, porque não podemos esquecer que o tuga apesar de ser tolerante é muito conservador.
Blogger Elise, at junho 30, 2005 11:33 da manhã  

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