Já quando se decide a acabar com o subsídio de reintegração resvala para a contaminação populista. Todos os titulares de cargos públicos têm um regime de incompatibilidades, que pode até ser aperfeiçoado. Os ex-membros do governo podem ser impedidos de regressar às suas funções profissionais por tempos relativamente longos. Por outro lado, até nas situações de cessação de contrato a termo há uma compensação monetária, para não falar dos despedimentos. Pode discutir-se, evidentemente, se o dito subsídio deve ser de um ordenado por cada seis meses de funções. Pode dizer-se quando é que ele é aplicável e quando o não é. Pode e deve tornar-se mais razoável a sua atribuição e o seu montante. Mas extingui-lo pura e simplesmente, embrulhado na questão "dos privilégios", é ceder à pulsão anti-político. O que dá maus resultados.Paulo Pedroso
Escrito por Elise às 1:00 da tarde
2 Comments:
Quando lhes toca, até os Baluartes da Ética (BE) vêm defender o politicamente correcto da burguesia.
As incompatibilidades não têm que ser subsidiadas. Era o que faltava. O Político deve ser pago (eventualmente bem) enquanto exerce funções. Acabaram as funções, faz-se à vida como qualquer outro mortal.