quinta-feira, junho 30, 2005

A quota do Nesso neste blog

Recuperei um post do Dragonesso no Fórum do Pantera, que pode originar uma discussão interessante:


Razão tinha o Álvaro Cunhal quando dizia que somos uma cambada de reaccionários.

É que somos mesmo.

Nós só agimos depois do mal estar feito.

É assim com o défice, em que só começamos a cortar na despesa quando isto está mais que roto.

É assim com a energia, que só começamos a pensar em construir centrais nucleares quando o petróleo está a 60 dólares. Quando chegar aos 100 aí é inevitável e tem mesmo de ser. Com quase 50 anos de atraso. Obrigado ecologistas.

É assim com a educação, em que só nos lembramos dos fundos comunitários para a formação profissional quando as multinacionais começam a deslocar-se para leste. Deixando para trás centenas de profissionais que nada sabem fazer, além de apertar aquele parafuso na linha de montagem.

Somos o povo da reacção. Não há visão. E quando aparece um primeiro ministro deslocado deste povo medíocre, que quer implementar um plano que coloque as empresas portuguesas no primeiro mundo, que quer acabar com os chupistas e parasitas do estado, que quer mais para Portugal que o rendimento mínimo... aí entra em acção a resistência à reacção.

Eles são direitos adquiridos... reformas antecipadas... progressões na carreira... sistemas especiais de saúde.

Enfim. Espero que o Sócrates tenha coragem e força para mudar este tipo de coisas. Porque se não conseguir, isto só lá vai com um ditador...
Escrito por Elise às 12:31 da manhã

7 Comments:

Eu n/ acredito no Socrates...nem acredito nesta classe politica actual, golpe de estado precisa-se.
Beijo
Blogger Crepúsculo Maria da Graça Oliveira Gomes, at junho 30, 2005 9:03 da manhã  
"golpe de estado"

eu espero que não... :S

Beijos adryka!
Blogger Elise, at junho 30, 2005 9:19 da manhã  
Não partilho em tanta medida o voto de confiança de Nesso no actual PM.

Com aquela cambada do Largo do Rato e os tiques de despesismo esquerdista a controlá-lo, já não sei se ele está mesmo a querer reformar o país ou só a cumprir os serviços mínimos da inevitabilidade, continuando a adiar o que de estrutural deveria ser alterado, e só fazendo na medida do mínimo aquilo que não pode mesmo evitar de fazer.

Mas ainda mantenho a chama da esperança...
Anonymous Anónimo, at junho 30, 2005 4:28 da tarde  
sim, carneiro, a ver vamos.
Blogger Elise, at junho 30, 2005 5:46 da tarde  
A alternativa é o Marques Mendes e o despedaçado PSD.

O Sócrates está fresco e cheio de boas ideias.

Vamos acreditar.
Blogger Unknown, at junho 30, 2005 7:00 da tarde  
Seguramente que é quanto nos resta. A "alternativa" não é alternativa neste momento, nem nos tempos mais próximos.
Anonymous Anónimo, at julho 01, 2005 11:16 da manhã  
Lá volta a toupeira outra vez...
Não quero acreditar que a subida de impostos se deva ao TGV, aos clusters eólicos, à Ota, etc; ou seja, ao falso valor do défice, ou melhor ao embuste dos embustes.
As parcerias com o Estado, são sempre interessantes, neste sítio,especialmente para os privados*, o estado entra com o capital e já agora com os prejuízos, e os privados saem com a mala do dinheiro, depois de terem pago o devido, aos políticos no poder.
* Privado, o oposto a pública, neste caso, a imagem do espelho, privados com vícios públicos, pode chamar-se a profissão mais antiga do mundo,ou se substantivo feminino terá um sentido, se um adjectivo virá do latim...
O "alternador já está em desuso ou melhor fora de prazo e queimado, entretanto já comeram o capital de confiança, e, o outro... demasiadas, e repetidas vezes, não têm imenda, nem devem ter novas hipóteses.
Os restantes têm a sua quota de poder, o PC nas autarquias, que passadas a pente fino, têm casos de neo nepotismo bem visível, basta investigar pela rama.
O CDS teve o seu momento de glória e os trotzkystas revivalistas gostam de criticar das opíparas mesas...
Solução? É esperar que o caldo apure e entorne, o que demora o seu tempo e tem os seus custos.
Anonymous Anónimo, at julho 04, 2005 12:05 da manhã  

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