A antiga ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite considerou quarta-feira a demissão do actual titular da pasta «um golpe de credibilidade imenso» que «pode ter consequências graves» para o país.
«Do ponto de vista do país foi um golpe de credibilidade imenso que pode ter consequências graves a nível internacional», disse Manuela Ferreira Leite, no final da apresentação do candidato da coligação PSD-CDS/PP à Câmara de Cascais.
A ex-ministra das Finanças do Governo PSD/CDS-PP, de Durão Barroso, deu como exemplo dessas «consequências graves» a má avaliação feita do país pelas agências de notação financeira (rating).
Para Manuela Ferreira Leite, é ainda «absolutamente inexplicável» que Campos e Cunha tenha abandonado o Governo depois de ter apresentado, em Bruxelas, o Programa de Estabilidade e Crescimento português e de a Comissão Europeia ter «dado algumas facilidades» ao país «em nome de uma certa credibilidade na execução do programa».
«Vejo com enorme preocupação o que acabou de suceder», salientou a ex-governante.
Entretanto, em declarações ao Diário Económico, o economista António Romão afirmou: «Não estranho a demissão, porque Campos e Cunha estava deslocado de um Governo socialista e tinha uma posição mais liberal do que a do PS na sua generalidade. A escolha de Teixeira dos Santos foi uma boa opção. Trata-se de uma pessoa mais equilibrada e com posições mais realistas do que Campos e Cunha».
Entre os economistas citados pelo Diário Económico, encontra-se ainda António Borges que considerou a saída do ministro das Finanças «uma notícia desastrosa. Significa que no meio de todas as incongruências deste Governo sacrificaram a única pessoa que tinha mantido uma linha de rumo coerente e de rigor».
Também os ex-ministros do PSD, Miguel Beleza e Eduardo Catroga, se mostraram preocupados com a demissão de Campos e Cunha, deixando, no entanto, notas de confiança sobre as capacidades do seu sucessor. Express
A Comissão Europeia disse hoje esperar que o Governo português mantenha a sua determinação no combate ao défice depois da demissão do ministro das Finanças, Campos e Cunha, e consequente substituição por Fernando Teixeira dos Santos.
«(A Comissão) espera por parte do Governo português a mesma determinação no combate ao défice (após a demissão do ministro), pois trata-se de uma condição necessária para criar mais emprego e maior crescimento», declarou a porta-voz do comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos e Financeiros, Joaquín Almunia.
Escrito por Elise às 10:52 da manhã
6 Comments:
Elise
Estavas apaixonada pelo homem , deixa-te de fitas...)) Porta-te bem e trata bm disto. Beijokinhas