Uma das razões pela qual a Al Qaeda de Bin Laden iniciou uma Jihad contra o E.U.A. prende-se com o conflito israelo-palestiniano:
BIN LADIN: We declared jihad against the US government, because the US government is unjust, criminal and tyrannical. It has committed acts that are extremely unjust, hideous and criminal whether directly or through its support of the Israeli occupation of the Prophet's Night Travel Land (Palestine). And we believe the US is directly responsible for those who were killed in Palestine, Lebanon and Iraq. CNN.
Mas na realidade, muitos refugiados palestinianos (que representam cerca de 46% da população palestiniana) que vivem em países árabes são considerados cidadãos de segunda categoria. Estes países recusam-se a todo o custo conceder-lhes a nacionalidade porque assim estariam a ceder a Israel. As condições em que estes refugiados vivem, são muitas vezes degradantes e desumanas.
No Egipto, os palestinianos têm uma série de restrições a vários níveis (emprego, educação, e posse de propriedades). A nacionalidade egípcia também lhes é recusada. Há casos de refugiados palestinianos que nascem no Egipto, casam com egípcios, têm filhos, mas mesmo assim é-lhes recusada a nacionalidade egípcia.
No Líbano, não podem trabalhar em 72 áreas que incluem a medicina e a engenharia. A Síria, que apoia incondicionalmente a causa palestiniana recusa conceder a nacionalidade a 410,000 refugiados palestinianos, com o argumento de que "acima de tudo é preciso preservar a identidade palestiniana"
No passado ocorreram casos verdadeiramente dramáticos. Quando Arafat assinou um acordo de paz com Israel em 1995/96, Khadafi deportou cerca de 30 000 palestinianos que viviam na Líbia, simplesmente porque não apoiava o acordo.
E quando Arafat apoiou Saddam na invasão do Kuwait, cerca de 300 000 refugiados palestinianos foram expulsosdeste país.
À medida que as conversações de paz entre a autoridade palestiniana e o governo israelita progridem, é certo que a situação dos refugiados palestinianos irá degradar-se. A pressão para o regresso à Palestina (mesmo que para tal não existam condições) irá aumentar.