A imprensa árabe regozija com o nosso infortúnio. Estes criminosos e homicidas, que consideram os xiitas - que constituem a maioria no Iraque - infiéis, e consideram os Curdos - a segunda maior nacionalidade no Iraque - traidores, são glorificados na imprensa árabe, que os descrevem como resistentes, e por aí fora.
(...) Falo dos media da Síria e do Egipto. E passa-se o mesmo em muitos outros países árabes. (...) Regra geral os media árabes não condenam os ataques terroristas contra o povo iraquiano.
(...) Eles (os insurgentes) dizem que são inimigos dos americanos, e fazem do Iraque o local para resolver esses problemas com os americanos. O Qatar, por exemplo. A maior base americana está no Qatar, e a Al- Jazeera (sediada no Qatar) glorifica os terroristas. Porque é que a Al- Jazeera não apela à luta contra os americanos no Qatar? (...) O mesmo se passa com outros países árabes que têm boas relações com os EUA, mas ninguém...

Apenas o pobre Iraque, que foi atingido pelo terrorismo - em vez de ganhar a simpatia dos seus irmãos árabes, enfrenta infelizmente, uma campanha injusta por parte dos media que não distinguem a morte de mulheres e crianças iraquianas, da morte de soldados americanos.

(...)

O terrorismo é uma praga a nível mundial. Aquele que cava um buraco para o seu irmão está condenado a cair também nesse buraco. Aqueles que ajudam agora os terroristas irão arrepender-se. Chegará o dia em que estes terroristas irão lutar contra quem os ajuda, como lutam hoje em dia contra o povo iraquiano, porque o objectivo dos terroristas é claro: impôr um regime semelhante ao dos taliban nos países que os rejeitaram. Mesmo hoje podem ver o terrorismo a alastrar para a Arábia Saudita, Iémen, Egipto e amanhã continuará a espalhar-se para a Síria e até Jordânia.