domingo, janeiro 15, 2006

A ler...

A ler este post (e os restantes) na GLQL:
Nenhum desses telefones terá sido investigado ou analisado no âmbito do processo, com o âmbito referenciado. Nem aliás, o poderia ser, atena a lei que temos.
A PGR disse que isso era falso e acredito no que a PGR disse, ao ponto de ter sido confirmado pelo próprio advogado Ricardo Sá Fernandes. Este advogado de quem se fala pouco a propósito deste caso, segundo o Expresso de hoje, terá sido o único advogado que teve acesso às disquetes e as descodificou com ajuda de um técnico de informática, segundo declarou ao mesmo jornal. Ponto final, neste primeiro assunto. Parágrafo:

O período em causa, ou seja o tal " durante um ano e meio", segundo o mesmo jornal, nas "coisas que tem de saber" foi afinal de "seis meses em causa".
Na realidade, terá sido de 10.12.2001 a 7 .5. 2002, o que nem dá seis meses..., mas sim quatro meses e 28 dias! Logo, a mentirola fica logo com o rabo felpudíssimo de fora! Um ano e meio para nem sequer cinco meses...

Para além dessas mentirolas, avulta o facto, confirmado pela PT, de que forneceu números e não nomes, ao processo. Logo, quem identificou os nomes que o jornal publica e quem viola impudicamente a privacidade dos visados, será o próprio jornal. Seria caso para amanhã, outro jornal tablóide publicar: "24 Horas investiga por conta própria nomes da lista!" E ainda outro, à "24 Horas": "Souto e Pedroso tem o mesmo fornecedor de pizzas ", o que aliás o jornal publicita. COmo publicita que tomou conhecimento do cabeleireiro e da depiladora da mulher do procurador.
A par desta devassa da vida particular de certas pessoas, feita pelo jornal, podemos ler no mesmo número, de ontem, a indignação farisaica que consiste em vituperar a existência destes elementos no processo, como constituindo um atentado à privacidade dessas figuras públicas! Pasme-se! Pasme-se! E não é a primeira vez que tal acontece.
(...)

A única verdade que o 24Horas revela, seria uma verdade sem notícia: que existiam no processo casa Pia, algumas disquetes contendo registos detalhados da facturação de um único telefone fixo atribuido a um dos arguidos.
E outra verdade ainda, poderia ter sido desvendada e publicada: para além disso, havia outros registos de altas individualidades cuja existência o jornal apurou ter sido remetida por lapso, desconhecendo se o MP delas tomou conhecimento.
Sendo esta a verdade, onde estará o muito mentiroso?!
Escrito por Elise às 9:04 da tarde

3 Comments:

Sem dó, nem piedade... ehehe
Blogger Gonçalo Taipa Teixeira, at janeiro 15, 2006 11:17 da tarde  
Factos objectivos:

Souto de Moura não é mação.

A investigação Casa Pia tocou em alguns maçãos.

As investigações da era Souto de Moura recorrem a escutas telefónicas, incluindo as conversas entre maçãos.

Há muitos procuradores e procuradores adjuntos com acesso legítimo a essas escutas que são originários do povo - já não são apenas os elementos da alta burguesia que preenchem esses cargos.

A minha interpretação: A maçonaria, percebendo que vai perder a presidencia da republica, tem que recuperar a procuradoria-geral da republica que perdeu desde Cunha Rodrigues.
Sobretudo para acabar com as escutas ou, pelo menos, controlá-las, para que nenhum mação seja apanhado. Veja-se Mário Soares aos gritos, a vociferar contra as escutas. E a exigir que o jornal seja obrigado a revelar as fontes (ah, grande democrata...) Pudera, se há alguém que pudesse ser preso em Portugal por tráfico de influencias perpetradas através de telefone...

Qualquer dia alguém escreverá sobre a influencia da maçonaria no funcionamento publico dos primeiros 30 anos deste regime democrático.
À semelhança do que aconteceu com a 1ª republica, também esta foi cilindrada por essa associação de malfeitores com origem nas mais elevadas castas sociais e económicas que mandam nesta país desde os idos anos de 1820.

Basta percorrer os mais altos cargos publicos do país - que não sejam de eleição directa - para aí ver sentados os mais proeminentes maçãos.

Só não vê quem não quer e quem se atrever a enfrentá-los pode contar com um assassinato de carreira ou de carácter. Só são diferentes da Mafia, porque não mandam matar fisicamente. Por enquanto, pelo menos...

O próximo procurador geral poderá ser Cluny. Ele é mação. E estava na segunda fila a aplaudir - ao lado do vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura (outro mação) quando da apresentação da candidatura de Mário Soares - lançada, como se sabe, pelo sector mais velho da loja....
Anonymous Anónimo, at janeiro 16, 2006 12:30 da tarde  
carneiro, o teu comentário merece uma vénia. dizes tudo. obrigada.

neste momento, há quem queira um PGR que seja uma espécie de arquivador mor.

estamos perto da IV républica?

abraço a todos.
Blogger Elise, at janeiro 16, 2006 1:52 da tarde  

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