Devemos indignar-nos com a morte de qualquer criança e não apenas com aquelas que são mortas por estranhos . Se queremos acabar com a morte de crianças devido a abusos, as atitudes para com as crianças e a família devem mudar
Uma auto-estima baixa, a violência doméstica, a desunião familiar, o alcoolismo, problemas psiquiátricos e o consumo de droga são as causas mais comuns que podem levar à violência sobre crianças. Segundo o artigo, a morte de uma criança devido a abusos na sua família põe em causa os valores familiares. E como é um tópico desconfortável, os media quando não ignoram estes casos, insistem em focar a sua atenção no falhanço dos Serviços Sociais (a culpa é só do Estado). Mas é preciso mudar as atitudes. É preciso parar de ter medo. Não podemos confiar apenas e só no Estado. A maneira eficaz de evitar mais abusos e mais mortes, passa pela parceria dentro das comunidades - a escola, a família e os serviços. Não podemos esperar que um burocrata qualquer enfiado num escritório, tenha a real noção do perigo em que vive a criança X. O português tem de começar a questionar, de mostrar que quer participar, para que salvemos o maior número possível de crianças. Temos de começar a valorizar as crianças. E se essa mudança não parte do Estado burocrata, temos de ser nós a tomar essa iniciativa.
Escrito por Elise às 12:00 da tarde
4 Comments:
Querida Elise Sensibilizou-me muito este texto. Denunciamos; mas a vítima depois nega por medo e fica tudo ainda pior para ela. E muitos técnicos olham para o lado para não levarem com as represálias dos maltratadores. Ou estão mal preparados. Ou são usados como bodes expiatórios por culpados de cúpula. Enquanto o síndrome de Estocolmo não for prova de abuso e/ou violência domestica ... andam só a atirar-nos areia para os olhos. Mas mais uma vez deixo um abraço solidário, com muita admiração por si e gratidão pelas suas sempre preciosas dicas. Maria
Elise querida, eu nem sei em que mundo vivo, onde os mais indefesos são as grandes vítimas desta sociedade cruél e má...Quanto me doi amiga nem imagines o que me magoa tudo isto. Beijinhos minha querida