terça-feira, maio 30, 2006

Ainda o Virús dos Morangos com Açúcar

Escrito por Elise às 10:45 da manhã

76 Comments:

Não, menina Elise.

A atitude educativa correcta não é proibir durante semanas a telenovela. É ver em conjunto e explicar.

(Cheguei a estragar T-shirts com calda de tomate só para explicar aos meus como era feito o sangue e os tiros...)

Explicando, os putos ficam interessados, até porque se colocam numa situação crítica de descobrir os "truques" da ficção só para mostrar aos colegas que "são muita espertos"...

Se calhar, o tabefe, nesta situação, não é aconselhável, mas há situações em que o tabefe educativo serve muito bem para dar enfase à situação.

Essa de proibir durante semanas faz-me lembrar aquela amiga que defende tanto os direitos dos animais, mas não se coibe de castrar os gatos domésticos e aconselhá-lo às amigas como forma de resolver as infecções urinárias do bicho...

Convenhamos que mais vale ser touro inteiro e morrer na arena numa poça de sangue do que gato capado no colo das meninas...
Anonymous Anónimo, at maio 30, 2006 12:00 da tarde  
lol carneiro. pensava que odiavas a mijoca fedorenta. :p

"A atitude educativa correcta não é proibir durante semanas a telenovela. É ver em conjunto e explicar."

lógico que os pais devem controlar o que os filhos consomem.

mas se um filho teu de 11 anos fingisse desmaios e outros sintomas por causa de uma novela, não o irias castigar?

e achas os morangos uma novela aconselhável para crianças com menos de 12 anos?
Blogger Elise, at maio 30, 2006 12:09 da tarde  
Não posso assumir o exemplo para mim, pois que - modéstia á parte - nenhum dos meus filhos sofre de histeria induzida pela TV. (Poderão sofrer de outras coisas, ninguém está livre)

Os morangos - goste-se ou não - são um fenómeno. Conheço uma família que deste uma aluna brilhante de 17 anos, passando por um puto desportista e reguila de 13 até um sobredotado de 6, todos apreciam. E todos conseguem passar um ou dois dias sem ver se têm outras coisas para fazer.

No meu caso, não proibo os meus filhos. Eles devem partilhar os ambientes "culturais" da sua época.

Provoco-os dizendo: mas esta cena não é igual àquela da semana passada ? Mas esta já namora outra vez com aquele, depois de andar a dormir com o outro ? Que gajas... Ou seja, vou largando cirurgicas alfinetadas para salientar o quadro de ficção em que aquilo se desenvolve. E tenho a tarefa facilitada, pois algumas filmagens são feitas ao pé do "Filipa" que é o liceu de um dos meus. Os miudos no intervalo do almoço assistem ás filmagens de exterior.

Quanto ao "inferior a 12 anos", querida amiga, nem imaginas o que o meu mais pequeno já sabe. As gravidezes de ficção que ele discute e as gravidezes das mães dos colegas dele com que ele trata com toda a naturalidade.

São outros tempos, cara amiga. Da tua para a minha gerações já houve um salto tremendo. E para a geração a seguir á tua o salto ainda é maior.

O grande especialista em minha casa em telemóveis e telecomunicações tem 12 anos...

O grave nos morangos não é os miúdos assumirem comportamentos de histeria induzida. O que é verdadeiramente grave é os pais não terem percebido imediatamente o que se estava a passar... Sinal que não acompanham...
Anonymous Anónimo, at maio 30, 2006 1:01 da tarde  
"Os morangos com açúcar" tornaram-se num fenómeno de histeria colectiva, a que as crianças e jovens são submetidos e manipulados diáriamente, ficando como se estivessem hipnotizados! Realmente é como um vírús que se entranha nas suas mentes e os torna obcecados, ou pior, despersonalizados! É evidente, que aos canais de tv generalistas, não importa a má pedagogia inerente a certo tipo de programas que emite e os malefícios que isso implica, o que prevalece são as audiências. Os pais é que têm o dever de estar muitíssimo atentos, e visionarem todos os programos vistos pelos seus filhos (crianças), explicando-lhes, questionando-os e tentando esclarecê-los sobre os conteúdos dos mesmos, não usando da força e poder, contemplando apenas, e só, o diálogo persuasivo e perserverante.
Também tenhos dois filhos, e sei do que estou a falar...já não são crianças, mas jovens adultos, com grande sucesso nas suas carreiras académicas e profissionais, eticamente bem formados, embora ela bastante irreverente e com grande sentido de humor(porém sempre mto responsável), sendo ele mais reservado, mas solidário e compreensivo com os outros, e ambos amando os animais e a natureza. Aliás, tenho mto orgulho neles!
Perdoe-me Elise esta minha dissertação sobre aspectos pessoais, mas como sinto grande empatia consigo, quis partilhar um pouco da minha privacidade familiar.
Se me permite, uma beijoca :)
Anonymous Anónimo, at maio 30, 2006 1:50 da tarde  
Quanto ao correctivo à antiga, levei alguns, cirurgicamente aplicados, e não fiquei traumatizado. Até agradeço.
Quanto aos morangos, que além de me parecer que não têm um actor adolescente de jeito (se calhar é um problema de direcção), não têm ponta por onde se lhe pegue do ponto de vista de argumento. Os argumentistas parecem ser miúdos de 12 anos.
Aquilo podia ser uma grande ajuda educativa, se fosse menos intrusivo, deixando espaço para a explicação paterna, porque nós não somos iguais, nem queremos ser, acho eu.
Blogger Gonçalo Taipa Teixeira, at maio 30, 2006 1:59 da tarde  
Olá Elise,
esta fobia ou lá o que é, que atinge o pais está de facto a tornar-se uma doença grave! Eu graças a Deus tenho um filho já com 18, que de vez em quando vê os morangos como qualquer outro jovem mas nada de apegamento a mais. Eu confesso que há cenas, e eu até me considero uma mãe bem actual, nada didácticas (para não ir mais longe) para as crianças, bem pelo contrário mas proibir não adianta nada; lá diz o ditado «fruto proibido é o mais desejado», concordo com o Carneiro, há que fazer os nossos filhos entenderem as coisas, saber separar o trigo do joio, dar-lhes bons exemplos, enfrentar a realidade e servindo-se dela para ensinar. Este histerismo moranguista que assola o país deve preocupar todos os pais! Bjhs
Blogger maresia_mar, at maio 30, 2006 2:26 da tarde  
há algumas mensagens positivas nos morangos. mas os assuntos são abordados de forma superficial. por exemplo, num episódio recente a julieta avisou o filho gil para ter cuidado com os chats. uma conversa de dois minutos. mas poderiam ter ido mais longe, hoje há o perigo das webcams, o software de controle parental pode ser contornado pelas crianças e jovens, etc, etc.

numa coisa todos concordamos, os pais têm de supervisionar o que os filhos consomem. quando as questões são delicadas os pais devem intervir, explicar, etc. mesmo que para isso tenham de quebrar certos tabus (como é o caso da sexualidade).

obrigada pela gentileza áurea! :) beijinhos também para si!
Blogger Elise, at maio 30, 2006 2:36 da tarde  
Se calhar vou ser um bocadinho politicamente incorrecto, mas... Porque é que temos de explicar tudo a estas gerações ( que já pensam que sabem tudo... LOL! )e supervisionar tudo o que eles consomem ( programas em princípio muito mais educativos e pedagógicos do que os antigos )... Como individuos independentes estão a ficar mais desinformados? Mais influenciáveis? E eu a pensar que as gerações anteriores eram "totós", afinal parece ser ao contrário... A minha geração também via muita televisão e nunca vi tanta parvalheira como agora. Sim, parvalheira!
Será que esta geração não é demasiado protegida, tipo "flor da estufa", que depois "murcha" ao primeiro toque? É que há muitos pais a descartarem-se da educação, e depois tentam compensar essas faltas criando em redor destes miúdos uma "cúpula de cristal", com elevadas doses de mimo e superprotecção. Muita filosofia da educação e pouca educação e afectividade real..

Conhecia um pai que nem deixava o filho ir para a relva, com medo dos "bichos que lá habitavam". A ver televisão é que ele estava bem...
Esse pai também nunca dava sequer uma chapadita ao filho. O miúdo fazia tudo o que queria: batia nas pessoas, chamava o pai de cabrão ( desculpem lá o calão ), etc, etc...

Opá, deixem lá a porcaria dos Morangos, aquilo é uma treta pegada - ou são dreads ou betinhos... Que nojo!Querem etiquetar as pessoas, logo desde pequenas...
Peguem nos vossos filhos e mande-no ir jogar à bola com os amigos ou, melhor, vão vocês jogar com eles. Leiam-lhes um livro, joguem computador com eles, peçam-lhes para vos ajudar a lavar o carro, sei lá... Há tanta coisa! Deixem os miúdos sujarem-se e brincarem! Tirem-nos de frente da mer... da televisão! Esfolou um braço? Torceu um pé? Azar! Isso também faz parte do crescimento. Não aprisionem as mentes dos miúdos em porcarias, em modelos. Deixem-nos ser livres.

Desculpe, Elise, pelo desabafo, mas todos os dias convivo com miudos e isto às vezes irrita uma pessoa.
Anonymous Anónimo, at maio 30, 2006 3:15 da tarde  
sá morais não deixas de ter razão nalguns pontos, mas supervisionar não é o mesmo que proteger as crianças de todas as influências e fecha-las em casa. ou ser simplesmente permissivo e não impôr limites. a questão é que os miúdos hoje em dia são constantemente bombardeados com todo o tipo de informação, estão expostos a novas realidades e os pais devem funcionar como filtro. e estarem minimamente atentos.

abraço!
Blogger Elise, at maio 30, 2006 3:32 da tarde  
O sá morais só se esqueceu de uma coisa: também podemos andar de bicicleta com os filhos, para lá de jogar futebol.
Anonymous Anónimo, at maio 30, 2006 4:22 da tarde  
downhill? :p
Blogger Elise, at maio 30, 2006 4:42 da tarde  
Concordo com alguns dos comentários, deve-se incentivar as crianças e jovens para todas as actividades lúdicas ao ar livre, sob vigilância, porque hoje em dia, já não existe a segurança de outrora!
Além de existir uma interacção, praticam exercício físico (embora as novas tecnologias sejam fundamentais e imprescindíveis). Tudo bem doseado, só trará benefícios para os filhos e pais.
A Elise encanta-me, com seu seu sentido de humor...:)))
Beijinhos
Anonymous Anónimo, at maio 30, 2006 4:50 da tarde  
Se a filha do Rodrigo Guedes de Carvalho aparecer com alguns hematomas, espero que alguém o denuncie à polícia rapidamente.

É que já é suficientemente estranho que ele faça ameaças e abertamente declare as suas intenções agressivas e abusivas numa situação de análise racional.

Quanto ao comentário do Gonçalinho:

«Quanto ao correctivo à antiga, levei alguns, cirurgicamente aplicados, e não fiquei traumatizado. Até agradeço.»

Acho que há aqui uma enorme contradição. Será possível dizer que não se ficou traumatizado e ao mesmo tempo agradecer ter sido violentado?
Blogger Unknown, at maio 30, 2006 6:11 da tarde  
Olá amiga, a Adriana vê os morangos claro que gosta e conhece a trama mas tem desporto dois dias por semana que a impede de ver e tem catequese num outro dia que a impede também, nunca me pediu para faltar ás responsabilidades dela por causa dos morangos, é bom não dramatizar, ainda lembro de quando ouvia radionovelas, ou de ver a escrava Isaura, de chorar no decorrer das tramas, e nada alterou a minha personalidade, sao fases. Beijinhos
Blogger Unknown, at maio 30, 2006 7:56 da tarde  
estou com carneiro e nao abro.
ha tabefes e tabefes. nao podemos mudar o substantivo para estalos?
até porque, em caso de histeria, seja la qual for a idade, o primeiro remédio é um estalo bem assente, para reconectar o individuo com a terra.
nao tenho miudas parvas la em casa. mas tenho muito trabalho para tentar que nao o sejam. (tambem tenho tido sorte? claro que sim)
em relação aos gatinhos que povoam o suconsciente do carneiro de uma forma tão notoria que até dá dó, tenho para dizer que.... snip snip.
custou-me horrores. mas a verdade é que o miudo anda lá todo contente. elisinha, tinhas razao
Blogger Unknown, at maio 31, 2006 9:56 da manhã  
E eu fico a cismar, arrepiado, nas duas mulheres mais importantes para mim na blogosfera - que aliás conheço pessoalmente - que não fazem cerimónias em castrar os gatos...

Alguma coisa vai mal nesta mentalidade urbana de "protecção da natureza"...

Onde fica a autoridade moral para falar de touradas ?

Eu, ao menos, assumo que não gosto de gatos, mas acabo por os respeitar na respectiva integralidade de seres vivos e naturais. Não os manipulo "geneticamente" para os harmonizar com o meu sentir egoista de humano.

Haverá algo mais terrívelmente violento que retirar a um macho a respectiva masculinidade ?

Pensem nisso minhas senhoras...

E tenham vergonha, tenham muita vergonha...
Anonymous Anónimo, at maio 31, 2006 11:08 da manhã  
tens razao carneiro. evitei até ao limite submeter o meu gato de quem tanto gosto à castração. no consultório, cheguei a pegar nele para me vir embora. pedi á vet que me explicasse pela enésima vez porque é que era bom para ele. ela repetiu. acabei por aceitar, para bem de todos. mas nao estou conformada. espero que ele na sua imensa sabedoria animal me compreenda e me perdoe.
Blogger Unknown, at maio 31, 2006 11:14 da manhã  
elisa, sorry por ter ocupado o teu espaço para dialogo directo com o carneirinho. :)
Blogger Unknown, at maio 31, 2006 11:16 da manhã  
Cá por mim e em nome dos verdadeiros gatos, mandava-as prender às duas por uma semana e incluía na dieta diária túbaros estufados com tomates.

Para expiarem a vossa grande culpa.
Anonymous Anónimo, at maio 31, 2006 12:27 da tarde  
prometes? eu e a elisinha? uma semaninha de férias?
uau. é para quando?
e vais lá visitar? para mim quero fruta fresca. dispenso notícias sobre a actualidade.
"Exmo. Chefe
(cc: carneirinho)
Fui intimada por escrito para ir espiar a minha grande culpa, durante uma semana, num retiro. A comida não parece grande coisa, mas não dão alternativas. O assunto deve ser sério, porque fui convocada por um advogado e com eles, o chefe já sabe, não brinca. Por isso, até daqui a uma semana. A pw do meu computador é ****.
Eduarda Maria"
Blogger Unknown, at maio 31, 2006 12:39 da tarde  
Eu não percebo muito de gatos, excepto saber em pormenor como reagiam quando eram "desaconselhados" a permanecer no meu quintal... Mais não digo, excepto na presença do meu advogado.
Quanto às touradas, devo confessar que me encandalizam menos do que a questão da castração de animais. É que num dos casos estamos a discutir a crueldade da morte (20-30 minutos?), a bem do espectáculo. No outro caso estamos a discutir a crueldade da vida, a bem do conforto dos donos...
Blogger Aves Raras, at maio 31, 2006 1:13 da tarde  
Por onde andas Dudu (para lá de andares a atentar contra a inteireza dos bichanos) ?
Anonymous Anónimo, at maio 31, 2006 1:57 da tarde  
Elise: é verdade que "os miúdos hoje em dia são constantemente bombardeados com todo o tipo de informação, estão expostos a novas realidades e os pais devem funcionar como filtro e estarem minimamente atentos." Acho bem. Mas isso não serve desculpa para tudo. Aliás, essa consideração temporal depende apenas do ponto de vista da época em que nos encontramos. Todas as últimas gerações têm estado expostas a novas realidades. Foi a rádio, a tv, os computadores, agora a net... Hoje parece-nos um grande bicho de 7 cabeças toda informação que chega Às crianças... Mas o que dirão os nossos netos, bisnetos? Para esses, o que está a acontecer agora será algo banal, segundo a sua visão das coisas. Esses miúdos do futuro serão todos uma horda incontrolável por irem estar expostos ainda a mais coisas dos que as gerações actuais? Claro que não... Isto faz parte do processo evolutivo do própria humanidade. Quando a TV se banalizou também foi um choque e, na altura também foi o tal bicho de 7 cabeças, porque nunca há termo de comparação com o que virá no futuro. Cada geração julga-se envolvida no maior dos turbilhões, mas o processo em que está é apenas uma etapa normalíssima. Volto a reforçar que aqui o problema são os pais.

carneiro: andar de bicla? Boa ideia. seja downhill ou uphill.

dos ?antos: Dou razão ao Gonçalinho. também levei uns batabefes e não vejo onde está o problema. Muitos mereci-os.
Tu dizes: "Acho que há aqui uma enorme contradição. Será possível dizer que não se ficou traumatizado e ao mesmo tempo agradecer ter sido violentado?"
Violentado??? Levar uns tabefes é ser violentado? Chiça! Traumatizado?? que exagero! Estamos a falar de tabefes e não de ter estado na Casa Pia! Calminha aí.
Anonymous Anónimo, at maio 31, 2006 3:05 da tarde  
aves raras, a castração de um gato traz muitos benefícios:

Animais de companhia castrados ou esterilizados são menos distraídos por seus instintos sexuais. Eles se tornam mais responsivos aos membros da família. ? Animais castrados/ esterilizados são menos propensos a vagar pelas ruas e se perder ou se machucar em busca de um par (gatos machos podem sentir o cheiro de uma fêmea no cio a grandes distâncias.) ? Gatos castrados/ esterilizados são menos propensos a brigar com outros gatos, se resguardando de muita dor e seus donos de altas contas veterinárias.

Castrar ou esterilizar, contrariamente às crenças populares, não faz do gato preguiçoso ou gordo. Além disso, o metabolismo dele muda após a castração/ esterilização e o gato necessita de menor quantidade de comida. Você ainda economiza em rações.
Os machos castrados são menos propensos a sofrer de infecções ou doenças
nas glândulas reprodutivas ou prostáticas, ou desenvolver problemas
genito-urinários. Essas doenças podem levar a doenças nos rins, o
problema mais comum em machos não castrados com mais de cinco anos de
idade.
? Os machos não castrados fazem ?spray?, um ato típico de urinar para
marcar o território tanto dentro como fora de casa. Esse spray tem um odor
inconfundível, de tão forte. Castrar os gatinhos ainda jovens, ajuda a
eliminar este problema.


sobre as palmadas pedagógicas compreendo a preocupação do dos Santos. Por vezes é díficil estabelecer o limite entre o que é educar e o que é agredir. o ideal (apesar de parecer utópico) é educar sem bater.
Blogger Elise, at maio 31, 2006 3:30 da tarde  
agora, com 15 e 11 anos respectivamente, não me parece possível,sequer pensável, bater nas minhas filhas. mas nem sempre foi assim.
o ideal de educar sem dar umas palmadas certeiras é uma invenção dos países nórdicos, depois de descobrirem que nada mais tinham para inventar e momentos antes de se suicidarem.
educar é um acto de comunicação constante. há alturas em não é possivel comunicar só atraves de palavras, mesmo que se faça um discurso aparentemente perceptível para as crianças pequenas. dei algumas palmadas. até dei uma tareia, uma vez. acompanhei sempre no choro que se seguiu. se calhar até chorei durante mais tempo, mas não estou nada arrependida.
Blogger Unknown, at maio 31, 2006 3:47 da tarde  
eduarda, a questão da idade é fundamental para avaliar a pertinência da palmada pedagógica. numa conversa politicamente incorrecta o meu ex professor de psicologia do desenvolvimento dizia que a palmada era por vezes necessária especialmente quando as crianças têm 2 ou 3 anos . como dizes, fazer discursos muito longos sobre o bem e o mal não resultam nessa idade. a consequência física pode ser necessária, também dei as palmadas aos meus sobrinhos. mas, se voltasse atrás tentaria fazer de modo diferente. há alternativas com melhores resultados, tais como tirar um privilégio ou um brinquedo favorito.

mas apesar de não ser adepta ou defender a palmada pedagógica não acho que deva ser proibida por lei. é realmente um pouco utópico pensar que se pode educar sem dar uma única palmada.
Blogger Elise, at maio 31, 2006 4:14 da tarde  
Elise, a minha amiga não acabou os louvores á castração dos gatos. Esqueceu-se de acrescentar que a excisão evita que as mulheres perturbem os homens com súbitos acessos de desejo sexual.

Também se esqueceu de dizer que as lobotomias massificadas nas prisões são muito úteis para controlar os prisioneiros na hora do almoço e evitar que queiram comer duas sobremesas de gelatina alsa.

Francamente, menina Elise...

Inqualificável. Nunca esperei, vindo do seu lado.

A Dudu ainda reconhece o pecado contra a natureza. Mas justificá-lo da forma saloia que a menina tenta. Francamente...

Estou siderado. Só me falta ler que a cultura zulu impede que uma mulher que descruze as pernas, revelando assim, desejo sexual, fique por saciar, logo, justificando-se que seja violada.

E que mais quer a menina Elise dizer hoje: que o exercício físico faz mal que as pessoas podem torcer um osso qualquer...?

Que a ponta da fralda embebida em bagaço é optima para os bebés adormecerem ?

Que rapaz de 15 anos que não fume é maricas ?

Que a melhor forma de combater os diabetes é comer uma colher de mel, os bichinhos vêm á babugem e então a gente atura com um copo de bagaço que os abrasa a todos ?

Vá lá, surpreenda-me com a profundidade da sua justificação para castrar animais...

Os seus argumentos estão ao nível destas paródias...
Anonymous Anónimo, at maio 31, 2006 5:16 da tarde  
?

estás a gozar?
Blogger Elise, at maio 31, 2006 5:20 da tarde  
Não querida. Piquei-te o mais que podia para te ver brilhar agora com a justificação brilhante que certamente darás.

Ou julgas que a minha amizade é incondicional ? Eu aturo tudo aos amigos menos maldade sobre os animais... Seria mais fácil encobrir-te num homicídio...
Anonymous Anónimo, at maio 31, 2006 5:53 da tarde  
encobrir-te num homicidio...tou a ver. tas a arranjar maneira de ir comigo e com a elise de férias uma semaninha.
ou pensas que me esqueci do que prometeste carneirinho?
lisinha: deixe lá, os advogados adoram fazer de representantes do diabo.
Blogger Unknown, at maio 31, 2006 5:59 da tarde  
procura Bob. (pista: é uma coisa relacionada com bicicleta)

Assim descobrirás o meu tipo de férias.

Se quiseres vir comigo, serás bem vinda - na certeza de que o pedalar te amenizará a crueldade da palavra e o veneno parabólico. E como só levo uma tenda, ou levas tu uma ou sujeitas-te a dormir com um carneiro e com uma bicicleta.

Então, Elisinha ? a menina rende-se ou fundamenta ? (admito que suspenda só por hoje, podendo voltar ao tema mais tarde - mas não peça ou exija mais...)

Ou também vai descobrir o Bob ? Para vir connosco ?
Anonymous Anónimo, at maio 31, 2006 6:39 da tarde  
vamos suspender esta luta terrível até amanhã.

Beijo grande Elisinha.

E a menina Dudu, quer fazer férias comigo ? Comece por procurar um B.O.B. trailer e depois diga se lhe interessa esse tipo de férias ...
Anonymous Anónimo, at maio 31, 2006 6:41 da tarde  
carneiro só podes estar a gozar!!!!!
Blogger Elise, at maio 31, 2006 6:48 da tarde  
Elise, tenho que concordar com o carneiro; por uma vez, a sua argumentação está fraquinha. Ao contrário do carneiro, a mim não me ferve o sangue quando me falam em castrar animais. E acho absurdo colocar os animais à frente de seres humanos. Dito isto, acho que os testes feitos actualmente em animais deveriam ser feitos em defensores dos animais. É a excepçao à regra anterior.

Quanto às vantagens que enuncia para a castração do gato, a maior parte pode ser adaptada para a castração de um homem, com ligeiras alterações:

1. Animais de companhia [homens] castrados ou esterilizados são menos distraídos por seus instintos sexuais [of course!]. Eles se tornam mais responsivos aos membros da família.

2. Animais [homens] castrados/ esterilizados são menos propensos a vagar pelas ruas e se perder ou se machucar em busca de um par (gatos machos podem sentir o cheiro de uma fêmea no cio a grandes distâncias. [homens sabem onde podem procurar "mulheres com o cio", e para as grandes distâncias existe o automóvel])

3. Gatos castrados/ esterilizados são menos propensos a brigar com outros gatos, se resguardando de muita dor e seus donos de altas contas veterinárias [Quem nunca olhou para a mulher do vizinho, que atire a primeira pedra...].

4. Castrar ou esterilizar, contrariamente às crenças populares, não faz do gato preguiçoso ou gordo. [Não é por ser castrado que o homem vai ficar MAIS gordo ou MAIS preguiçoso]

5. Além disso, o metabolismo dele muda após a castração/ esterilização e o gato necessita de menor quantidade de comida. Você ainda economiza em rações.
[Quem perde o interesse na vida, perde o interesse na comida...]

6. Os machos castrados são menos propensos a sofrer de infecções ou doenças
nas glândulas reprodutivas ou prostáticas, ou desenvolver problemas
genito-urinários. Essas doenças podem levar a doenças nos rins, o
problema mais comum em machos não castrados com mais de cinco anos de
idade.
[Diminui a probabilidade de apanharem Sífilis, Sida, ...]

7. Os machos não castrados fazem ?spray?, um ato típico de urinar para
marcar o território tanto dentro como fora de casa. Esse spray tem um odor
inconfundível, de tão forte. Castrar os gatinhos ainda jovens, ajuda a
eliminar este problema.
[Marcar o território, não, mas é tão divertido fazer umas borboletas na parede... :-)]
Blogger Aves Raras, at junho 01, 2006 1:47 da manhã  
«dos ?antos: Dou razão ao Gonçalinho. também levei uns batabefes e não vejo onde está o problema. Muitos mereci-os.»

Estamos a admitir que as crianças podem compreender uma coisa ou que são animais irracionais? É que a partir do momento em que se começa a justificar que a violência física é necessária para os castigar, estamos a admitir que o método de educação não se baseia em estímulos normais de compreensão mas sim na indução do medo e não do respeito. A criança tomará determinada acção não porque compreende que é errada (talvez nem consiga compreender o conceito de certo ou errado precisamente por culpa dos educadores irresponsáveis que teve) mas sim porque receia a reacção dos adultos. Se estamos a falar da sua fase não-racional (idade muito tenra), ainda mais injustificável é a violência física porque menor capacidade têm de compreender o que se está a passar (já para não falar da total incapacidade de se defender da agressão, que é o mais gesto de cobardia possível por parte de um adulto). Este sistema de educação autoritária é aquele que forma gente inapta a pensar e a considerar questões novas segundo critérios morais que lhes tenham sido transmitidos pelos pais. O mesmo que é usado para criar robôs da sociedade e que obedecem à voz de comando sem sequer questionar o que está errado ou o que está certo (a menos claro, que tenham sido violentados e tenham a certo ter cérebro por si próprios). Parecendo que não, isto está muito relacionado com as políticas praticadas nos países e os respectivos sistemas de educação (tinha um documento algures sobre o sistema educativo alemão pré-III Reich mas de momento so consigo encontrar este (inglês, espero que seja ok) Adolf Hitler: How Could a Monster Succeed in Blinding a Nation?. Como este, existem outros exemplos)

As tuas palavras, mesmo que não tenhas consciência disso, são basicamente o argumento no.1 de todos os pais que desejam bater nos filhos. ?Eu também levei e fez-me bem?. Como podem avaliar se lhes fez bem? Não foram emocionalmente afectados na altura? Compreenderam o que estava a acontecer? Se compreenderam, porque precisavam de ter levado uma cacetada e não bastou uma conversa ou um castigo? Se não compreenderam, de que serviu? É que não fazer uma coisa por causa das reacções alheias não serve a mais ninguém senão aos próprios adultos e é esse o sentido egocêntrico de todo este tipo de educação que é uma das maiores vergonhas da sociedade portuguesa. Os pais não pensam através da perspectiva das crianças mas sim através da sua própria (que nem é igual uma vez na idade adulta nem pode ser semelhante à situação em que estavam na mesma idade, analisando-a em retrospectiva). Um artigo que explicava exactamente (via analogia para ser mais fácil, já que é impossível por as pessoas a pensar nisto em termos abstractos) por que é que todo este tipo de conclusão (baseada exactamente nas mesmas premissas do ?bateram-me, estou bem/foi merecido, é ok bater? nem sequer faz sentido em termos lógicos: "I Was Spanked And I'm Fine!".

«Tu dizes: "Acho que há aqui uma enorme contradição. Será possível dizer que não se ficou traumatizado e ao mesmo tempo agradecer ter sido violentado?"
Violentado??? Levar uns tabefes é ser violentado? Chiça! Traumatizado?? que exagero! Estamos a falar de tabefes e não de ter estado na Casa Pia! Calminha aí.»


Avaliar o que é um trauma de acordo com parâmetros adultos é interessante. É semelhante a avaliar a proporção da força utilizada no impacto da mão adulta no corpo da criança. O que ao pai ou à mãe parece suave, é sentido como se fosse um coice de cavalo do outro lado. O direito à integridade física nos sistema judiciais não nasceu por acaso. Em termos naturais, é uma ameaça que é vista pela vítima como pondo em causa a sua sobrevivência (caso contrário, a estratégia do medo nem resultaria).

Ou seja, segundo essa lógica, quem não sofrer agressões sexuais ou algo comparável não pode ter traumas infantis?

Um bocado aparte da resposta mas dentro do mesmo contexto, não é nada surpreendente que Portugal tenha das piores estatísticas da Europa no que toca a maus tratos a crianças e mulheres (por parte dos respectivos maridos). Uma sociedade que julga que bater é aceitável, abre a porta para que este género de comportamentos psicopatas sejam vistos de forma complacente. Cada um medirá de forma relativa os valores que lhes forem transmiridos pelas gerações anteriores.

Por isso, de vez em quando surgem umas pessoas bem-pensantes como esse Sr. (sic) Rodrigo Guedes de Carvalho que fresca e publicamente declaram as suas perturbações psicológicas e ainda por cima são vistos como uma coisa normal. De que servem os direitos fundamentais de um estado de direito se não são aplicados para defender os indefesos? Uma cultura que desdenha dos direitos dos seus próprios descendentes não deve admirar-se por ser mal sucedida em diversos aspectos sociais.
Blogger Unknown, at junho 01, 2006 3:23 da manhã  
lol a ave rara
Blogger Unknown, at junho 01, 2006 9:21 da manhã  
Esclarecimento: eu não fervo com a Elise em assunto algum.

Reconheço que me incomoda a questão da castração de animais. Pois como "obra" natural ou divina - consoante se queira acreditar - entendo que a respeito pela integralidade dos animais é um valor a prosseguir. Mas isso sou eu que já estão tão velhote que já abro o passo para não pisar as formigas ou apanho a borboleta dentro de casa e, em vez de a matar com a vassoura, abro a janela e atiro-a para a liberdade da noite.

Que queres Elise ? Estou a ficar velho. Já não tenho coragem de dobrar o planeta à minha imagem e semelhança.

Mas a Dudu percebeu que estive apenas a picar a menina Elise, que ficou tão surpreendida e triste comigo que não percebeu o contexto provocatório e nem sequer me respondeu á letra. (Que é assim que as Senhoras fazem perante inconveniencias).

Beijo grande, Elise.
Anonymous Anónimo, at junho 01, 2006 10:13 da manhã  
tu és um picador
a elise é uma princesa
e eu tenho sodadi de voces
Blogger Unknown, at junho 01, 2006 11:24 da manhã  
E já viste o Bob ?
Anonymous Anónimo, at junho 01, 2006 12:02 da tarde  
who is bob?
mostra lá.
Blogger Unknown, at junho 01, 2006 12:26 da tarde  
Google ? Já "ouvistes" falar ?

Podia dizer-te, mas tem mais piada ...
Anonymous Anónimo, at junho 01, 2006 12:36 da tarde  
raispartóhomem
/eduarda goes bobing
/eduarda will be back
Blogger Unknown, at junho 01, 2006 12:49 da tarde  
will be back não. will bob back.
Anonymous Anónimo, at junho 01, 2006 12:51 da tarde  
body oponent bag
ok. tá deslindado o mistério.
não sem antes tropeçar no bob dylan, no bob marley e noutras bob-agens.
entao tá: tu carregas os bobs e agente vamos todos pó campismo! vamos pó campismo!
elise ;)?
Blogger Unknown, at junho 01, 2006 12:54 da tarde  
Acho que ainda não chegaste lá.

experimenta: www.amba-marketing.com/products.php?cid=26&pid=289
Anonymous Anónimo, at junho 01, 2006 1:17 da tarde  
Oh dos ?antos, parece que o RGC não é o único a fresca e publicamente declarar as suas perturbações psicológicas...
Retive algumas frases suas como os "pais que desejam bater nos filhos", a comparação ao Adolfo, etc. Tenho a certeza que o texto tem muitos outros momentos lúdicos, mas evidentemente não me dou ao trabalho de o ler todo (seca!).
Blogger Aves Raras, at junho 01, 2006 1:19 da tarde  
acho que seria interessante se cada um desse a sua definição do que é uma palmada pedagógica e em que circunstâncias e com que frequência pode ser aplicada.

***

carneiro comecei mesmo a pensar que agora eras advogado da PETA. :p

***

mais BOB's aqui

e se eu disser que não gosto muito de acampar? >)
Blogger Elise, at junho 01, 2006 4:33 da tarde  
Quanto aos animais estou com o Carneiro sem dúvida! Tem mais que razão!!!
Quanto aos "Morangos" acho que a Adryka tem toda a razão, são fases, tal como todos nós as tivemos na nossa adolescência.
Pela minha parte achos que os dreads são bués fixes! :).
Kiss
Vasco
Anonymous Anónimo, at junho 01, 2006 4:55 da tarde  
1 - nao ha dois casos iguais nem mesmo em relaçao ao mesmo target para as palmadas pedagogicas. sugiro que nao sejam vulgarizadas, ou bulgarizadas como se diz no norte embora nao queira dizer tornar bulgaras.devem ser poucas e cirurgicas. só assim fazem efeito. o momento proprio é em cima da asneira. e agora pareceu-vos que falo de domesticar animaizinhos? chamo piaget à colação.

2 - ainda bem que nao gostas de acampar lisinha. uuuuuuuuuuuuuuf. assim ja tenho pretexto para nao ir. carneiro, eu tenho de ficar em terra com a elise. vai tu. se vires por lá um hotel, liga à gente.

3 - vou voltar para o google. search: dreads, bué, fixes
Blogger Unknown, at junho 01, 2006 5:27 da tarde  
«Oh dos ?antos, parece que o RGC não é o único a fresca e publicamente declarar as suas perturbações psicológicas...»

Claro que não, a maioria da humanidade tem problemas psicológicos. Mas precisamente como são a maioria, são vistos pelos seus pares como normais.

«Retive algumas frases suas como os "pais que desejam bater nos filhos", a comparação ao Adolfo, etc. Tenho a certeza que o texto tem muitos outros momentos lúdicos, mas evidentemente não me dou ao trabalho de o ler todo (seca!).»

Se achou que algo do que disse era lúdico e uma seca, julgo que não perdeu nada em não ter lido o resto. Só é engraçado que responda ao que eu disse... sem ter lido o que eu disse.
Blogger Unknown, at junho 01, 2006 5:47 da tarde  
«acho que seria interessante se cada um desse a sua definição do que é uma palmada pedagógica»

A minha definição de palmada pedagógica é 'paradoxo'.
Blogger Unknown, at junho 01, 2006 5:52 da tarde  
"A minha definição de palmada pedagógica é 'paradoxo'."
pois, compreendo dos Santos. mas proibe-se por lei a palmada "pedagógica"?

***

eduarda, mas em que idade deixarias de dar uma palmada? e em que situaçoes deste uma palmada? (se quiseres elaborar)

***
desabafo: levei mais do que palmadas na minha infância por parte da minha mãe e agora não as acho nada pedagógicas. pelo contrário.
Blogger Elise, at junho 01, 2006 6:43 da tarde  
dei palmadas e uma tareia. a partir do momento em que consegui transmitir as minhas mensagens através da linguagem verbal, acabaram as palmadas :)
levavam porque nao percebiam de outra forma que estavam a fazer coisas erradas e perigosas. perigosas para o seu bem estar físico, erradas quando se prendiam com birras, má criação reiterada, por aí.
a célebre tareia, inesquecível para mim, tema de ficção para ela - presentemente, aconteceu quando, aos 4 anos, abriu a porta da rua e saiu. só a vi da janela da sala, no meio da estrada, lá fora. tb levou uma meia sova quando insistiu em dar á mana o termómetro a fazer de chucha. só deixou de insistir quando apanhou.
as maezinhas cujas criancinhas berram e cospem e dão pontapés no supermercado, no meio da praia, à mesa do restaurante, e mais tarde aos profs da escola, deviam levar umas palmadas bem assentes. ha regras de convivio social e o nosso espaço acaba onde começa o do outro.
actualmente não bato nas minhas filhas. deus me livre, são mais altas que eu.
desabafo: levei mais do que palmadas das %$#»&% das freiras no colégio. castigos doentios.jurei a quem quis ouvir que nunca seria como elas e não fui.
nota à elise: grande rol de comments leva este post, heim?
Blogger Unknown, at junho 01, 2006 7:32 da tarde  
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Blogger Aves Raras, at junho 01, 2006 8:16 da tarde  
Durante a minha infância levei muitas vezes palmadas, reguadas, etc. As únicas de que me recordo são umas que levei por ter chamado "preta" a uma empregada. Ora o facto é que eu me peguei com ela, o meu irmão mais novo lhe chamou "estúpida", mas nem eu nem ele lhe chamámos preta. Ela mentiu, o meu pai acreditou nela (quem iria inventar tal coisa? Mais fácil acreditar que fossem os filhos a dar o dito por não dito) e apanhámos. Salvo alguma interpretação sofisticada que alegue que as outras me ficaram tão marcadas que as "escondi" no meu subconsciente, a verdade é que à distância de 20-25 anos essa é a única de que me lembro em pormenor.

dos ?antos, a minha resposta ao seu comentário foi excessiva e mal educada. Reconheço-o e apresento as minhas desculpas. Quanto ao resto...
Os meus filhos têm habitualmene hematomas, dentadas, arranhões. Feitos na escola, note. É que as palmadas que levam em casa, e levam, são para marcar limites, não para marcar o corpo ou a alma. Acha que devo denunciar a escola à polícia?
Quanto ao seu longo post, não o li em detalhe, conforme honestamente referi, por receio de que pudesse estar a tirar alguma frase do contexto.
Ainda assim, estou em crer que falar em "pais que desejam bater nos filhos" é estranho. A questão não é se um pai que deseja bater num filho é um bom pai - é evidente que não o é; a questão é se um bom pai deixa de o ser ao dar uma palmada (não uma tareia "de caixão à cova") num filho.
Blogger Aves Raras, at junho 01, 2006 8:16 da tarde  
"Uma sociedade que julga que bater é aceitável, abre a porta para que este género de comportamentos psicopatas sejam vistos de forma complacente. Cada um medirá de forma relativa os valores que lhes forem transmiridos pelas gerações anteriores."

Comportamentos psicopatas? Continuo a achar um grande exagero esta exprapolação das palmadas, apesar de toda a argumentação. Serei eu também um psicopata por ter levado umas palmadas e por as aceitar? Devo ser, por essa lógia... E quem não dá palamadas nos filhos? Esses já são pessoas normais? Anjos na Terra? Bem... Ainda bem que a dualidade é tão clara.
O que eu vejo meu amigo, é uma geração sem grandes valores devido á permissividade dos pais e vejo-o todos os dias. E as crianças baterem nos professores, isso já é aceitável? Claro, já não é um acto cobarde! Ah! Já sei! Elas batem nos professores porque também lhes deram uns tabefes... É a explicação do costume. Isso, para mim, é muito redutor...

"O mesmo que é usado para criar robôs da sociedade e que obedecem à voz de comando sem sequer questionar o que está errado ou o que está certo (a menos claro, que tenham sido violentados e tenham a certo ter cérebro por si próprios)."

Claro, eu sou um robot... é que é só mandarem que eu obedeço! Se eu não tivesse levado essas palmadas hoje seria um livre pensador, um homem realmente livre e completo. Por favor...

"Se estamos a falar da sua fase não-racional (idade muito tenra), ainda mais injustificável é a violência física porque menor capacidade têm de compreender o que se está a passar (já para não falar da total incapacidade de se defender da agressão, que é o mais gesto de cobardia possível por parte de um adulto)."

È óbvio que não estamos a falar dessas idades, não é!


Parecendo que não, isto está muito relacionado com as políticas praticadas nos países e os respectivos sistemas de educação (tinha um documento algures sobre o sistema educativo alemão pré-III Reich mas de momento so consigo encontrar este (inglês, espero que seja ok) Adolf Hitler: How Could a Monster Succeed in Blinding a Nation?. Como este, existem outros exemplos)

Ei! Bem... Ir buscar Hitler para esta questão é como comparar a blitzkrieg a um jogo de xadrez. Quer dizer, não tem o minímo sentido.

Enfim, muita teoria...

Voltando ao exemplo que tinha dado do miúdo a quem os pais nunca batiam... Ele tinha uma manha: quando o pai lhe levantava a voz ele fingia que chorava. O pai amolecia ( não queria ser psicopata, ou nazi... lol)e virava-lhe as costas. Quando o fazia, ele esboçava logo um sorriso e esticava o dedinho ( sabem qual... ) para o pai. Quando o pai usava essas técnicas pedagógicas de lhe explicar o que ele tinha feito de errado, ele ouvia, fingindo-se arrependido. Nas costas do pai ainda o chamava de parvo... Isto sim, é educação! Ah! Sociedade perfeita! Livre! Em que os pais respeitam os filhos e os tratam por você e os filhos os tratam por tu e, se for preciso, os mandam para o c...
Esta nova educção dos iluminados ( não-psicopatas ) é tão boa! Vejo isso todos os dias! Todos!
Anonymous Anónimo, at junho 01, 2006 11:09 da tarde  
@sa morais:

«Comportamentos psicopatas? Continuo a achar um grande exagero esta exprapolação das palmadas, apesar de toda a argumentação. Serei eu também um psicopata por ter levado umas palmadas e por as aceitar? Devo ser, po r essa lógia... E quem não dá palamadas nos filhos? Esses já são pessoas normais? Anjos na Terra? Bem... Ainda bem que a dualidade é tão clara.»

Muita parra, pouca uva. Leste essa frase mas convenientemente não leste a que estava antes, no mesmo parágrafo, e em que eu me referia a algo aparte como anunciei. Estava a falar de espancamentos, assassínios e agressões violentas. Se costumas ver as notícias, não deve ser novidade. Há bastantes casos recentes. Agora, sff, não distorcer o que eu digo.

«O que eu vejo meu amigo, é uma geração sem grandes valores devido á permissividade dos pais e vejo-o todos os dias. E as crianças baterem nos professores, isso já é aceitável? Claro, já não é um acto cobarde! Ah! Já sei! Elas batem nos professores porque também lhes deram uns tabefes... É a explicação do costume. Isso, para mim, é muito redutor... »

Não vejo o que tem a ver a permissividade com o uso de violência física. Pode ser-se permissivo e bater ou não ser permissivo e não bater. Quanto aos professores, também não vejo que tenha alguma coisa a ver para o assunto nem a relevância para o debate. E dificilmente os casos de que estás a falar podem ser de ?crianças?.

«Claro, eu sou um robot... é que é só mandarem que eu obedeço! Se eu não tivesse levado essas palmadas hoje seria um livre pensador, um homem realmente livre e completo. Por favor... »

Conclusão errada. Se leres o que eu disse novamente, verás que faço uma ressalva para aqueles sobre os quais o método não resulta. E nada garante que alguém que não tenha sido agredido enquanto pequeno não seja um robô mas o método não deixa de existir para o fazer para incutir obediência e medo.

«È óbvio que não estamos a falar dessas idades, não é!»

Para mim não. Nesse caso não vejo porque não se podem usar explicações racionais e incentivos ou desincentivos a certos comportamentos.

«Ei! Bem... Ir buscar Hitler para esta questão é como comparar a blitzkrieg a um jogo de xadrez. Quer dizer, não tem o minímo sentido.

Enfim, muita teoria?»


Era um exemplo mas já agora gostava que me dissesses porque não tem sentido. Será que leste algo mais do que o título do documento, incluindo o tipo de site em que este estava alojado?

«Voltando ao exemplo que tinha dado do miúdo a quem os pais nunca batiam... Ele tinha uma manha: quando o pai lhe levantava a voz ele fingia que chorava. O pai amolecia ( não queria ser psicopata, ou nazi... lol)e virava-lhe as costas. Quando o fazia, ele esboçava logo um sorriso e esticava o dedinho ( sabem qual... ) para o pai. Quando o pai usava essas técnicas pedagógicas de lhe explicar o que ele tinha feito de errado, ele ouvia, fingindo-se arrependido. Nas costas do pai ainda o chamava de parvo... Isto sim, é educação! Ah! Sociedade perfeita! Livre! Em que os pais respeitam os filhos e os tratam por você e os filhos os tratam por tu e, se for preciso, os mandam para o c...
Esta nova educção dos iluminados ( não-psicopatas ) é tão boa! Vejo isso todos os dias! Todos!»


Não entendo muito bem de que serve o exemplo, ainda que existam várias coisas interessantes:

Alguém mais sabia do que se estava a passar e não foi suficientemente honesto para contar ao pai o que filho fazia (tu por exemplo). Se sim, então o pai era efectivamente mole mas ninguém disse que todos foram feitos para conseguir educar crianças ou saibam dizer não aos seus filhos (curiosamente, esse também pode ser um problema psicológico desenvolvido por quem foi agredido na infância, porque será?). O que se está a discutir é a validade dos métodos.

Não existem sociedades perfeitas nem livres (provavelmente nunca haverá mas não sei o que tem a ver com o assunto). Vamos assumir que não há iluminados nesta conversa para debater o assunto logicamente e com igualdade de partes. Quais são os teus argumentos? Dizer que os meus são inválidos porque me julgo um iluminado? Não o fiz em nenhuma parte mas ainda não te vi a ti com vontade de falar sobre o assunto. Tudo o que veio até agora foram distorções do que eu disse e analogias irrelevantes. Talvez seja caso para perguntar, a tua ?educação? valeu-te de alguma coisa? Repara bem na totalidade do teu último comentário, nem o consegues questionar. Não defendes o que disseste antes, limitas-te apenas a apontar 1 situação que supostamente conheces e em que não era usada agressão física. De que serve isso? A ausência de agressão ou passividade dos pais não implica educação, que foi precisamente a situação que foi relatada.
Blogger Unknown, at junho 02, 2006 12:19 da manhã  
@aves raras:

«dei palmadas e uma tareia. a partir do momento em que consegui transmitir as minhas mensagens através da linguagem verbal, acabaram as palmadas :) levavam porque nao percebiam de outra forma que estavam a fazer coisas erradas e perigosas. perigosas para o seu bem estar físico, erradas quando se prendiam com birras, má criação reiterada, por aí.»

Garanto-lhe que continuaram a não perceber. Tinham era medo da sua mão pesada. Se tivessem compreendido, certamente não voltariam a fazer a mesma asneira.

«a célebre tareia, inesquecível para mim, tema de ficção para ela - presentemente, aconteceu quando, aos 4 anos, abriu a porta da rua e saiu. só a vi da janela da sala, no meio da estrada, lá fora. tb levou uma meia sova quando insistiu em dar á mana o termómetro a fazer de chucha. só deixou de insistir quando apanhou.»

Vejo que descarregou nela a sua ansiedade mas não entendo porque continua a defendê-lo. Ela provavelmente nem percebeu o que tinha feito de mal. O erro foi seu e não dela já que a sua filha nunca deveria ter podido sair pela porta da rua sozinha. (para o caso do termómetro, igual, ela deixou de insistir não por perceber que estava a fazer algo de errado, por ser verbalmente desincentivada a fazê-lo, ou via castigo, etc, mas por medo instintivo a levar mais)

«as maezinhas cujas criancinhas berram e cospem e dão pontapés no supermercado, no meio da praia, à mesa do restaurante, e mais tarde aos profs da escola, deviam levar umas palmadas bem assentes. ha regras de convivio social e o nosso espaço acaba onde começa o do outro.»

Era disso que eu falava quando referia o que era um método de educação egocêntrico. Está pensado através da perspectiva dos pais e não da dos filhos. Um bebé que chore também deve levar uma lambada para que aprenda que não deve fazer birras quando tem fome ou se sente sozinho?

««actualmente não bato nas minhas filhas. deus me livre, são mais altas que eu desabafo: levei mais do que palmadas das %$#»&% das freiras no colégio. castigos doentios.jurei a quem quis ouvir que nunca seria como elas e não fui..»

Espero que isso não seja o seu argumento para não lhes bater. É que em grande parte dos casos, é. Os pais ?entendem? subitamente que esse método de educação não é o melhor porque os filhos também passam a poder aplicá-lo.

Relativamente às freiras, confesso que nunca entendi muito bem como podem ser freiras na realidade. Se Deus existir, está muito mal representado, mais parecem enviadas do diabo.
Blogger Unknown, at junho 02, 2006 12:33 da manhã  
«pois, compreendo dos Santos. mas proibe-se por lei a palmada "pedagógica"?»

Elise, o próprio conceito de ?palmada pegagogica? é algo que não deve fazer parte do código legal porque é controverso em si mesmo (presumo que certamente de origem cultural). Se a "palmada pedagógica" for proibida, o código estaria a assumir que há palmadas que efectivamente podem ser pedagógicas. E, se são tidas como pedagógicas, qual a razão para as proibir nesse caso?

A lei deve proteger os direitos fundamentais das crianças (assim como protege o das outras pessoas) e proibir que estas sejam alvo de maus-tratos a todo o custo. Se houver suspeitas de que tal acontece, será função da justiça prová-lo (não é por acaso que os pais podem perder a custódia dos filhos desta forma).
Blogger Unknown, at junho 02, 2006 12:39 da manhã  
"Talvez seja caso para perguntar, a tua ?educação? valeu-te de alguma coisa?"

Acabaste por te revelar... Ehehe! A tua tentativa de me "picar" é patética, amigo. É também nisso que a educação se revela.

"limitas-te apenas a apontar 1 situação que supostamente conheces"

Agora insinuas que sou mentiroso? Não, não sou. Eu não aprecio a retórica fácil, prefiro os exemplos reais.

"Não entendo muito bem de que serve o exemplo"

Não?... Um caso real é uma analogia irrelevante? Estou a ver... Um irreal é que deve ser muito relevante...

"«as maezinhas cujas criancinhas berram e cospem e dão pontapés no supermercado, no meio da praia, à mesa do restaurante, e mais tarde aos profs da escola, deviam levar umas palmadas bem assentes. ha regras de convivio social e o nosso espaço acaba onde começa o do outro.»

Era disso que eu falava quando referia o que era um método de educação egocêntrico. Está pensado através da perspectiva dos pais e não da dos filhos. Um bebé que chore também deve levar uma lambada para que aprenda que não deve fazer birras quando tem fome ou se sente sozinho?"

Aqui respondo com as tuas próprias palavras:Tudo o que veio até agora foram distorções do que eu disse e analogias irrelevantes.


Bem, por respeito à Elise a quem estou já a ocupar muitas caixas de comentários, acho que devo ficar por aqui nos meus comentários. Eu fico na minha, tu ficas na tua. Somos livres de pensar como queremos, felizmente.
Anonymous Anónimo, at junho 02, 2006 2:49 da manhã  
Meu caro sa morais,

Não faz parte da minha panóplia argumentativa insinuar sobre assuntos pessoais ou "picar". Em ambos os casos, são matérias relevantes para o assunto já que a discussão se encontra parcialmente condicionada pelo próprio contexto em que as pessoas foram "educadas". Não me parece muito difícil admitir isso. E a pergunta era literal - a tua "educação" valeu-te de alguma coisa? Estás apto a discutir o assunto imparcialmente ou encontras-te emocionalmente ligado aos ensinamentos "pedgaógicos" que te foram induzidos?

Quanto a exemplos reais, não sei que exemplo real queres mais do que o teu próprio, como tentei assinalar antes. Não leves isto como uma questão pessoal - porque não é - mas nota-se à distância que não consegues sequer ter uma conversa séria sobre este assunto (que é demasiado sério) utilizando argumentos lógicos ou o mínimo de coerência - o caso que referiste não permite concluir nada pelas razões que enunciei acima. Também não me parece que seja necesário ser muito iluminado para entender isso.

Eu também respeito a Elise e é por isso mesmo que te respondo. Por respeito também ao blogue dela e a quem possa encontrar esta caixa de comentários um dia. Não penses que faço pelo prazer de discutir contigo e aturar as tuas respostas que me parecem de imitação infantil, faço-o pelos que possivelmente irão ler esta conversa e retirar as suas próprias conclusões.
Blogger Unknown, at junho 02, 2006 4:40 da manhã  
Ouve lá, mas quem és tu para vires questionar a minha educação ou as minhas ligações emocionais a esta? Possuis a sabedoria absoluta? O modelo de educação perfeita? Tiveste-a? Parabéns! Fico feliz por ti. Mas fica com a tua que eu fico com a minha.

Não consigo utilizar argumentos argumentos lógicos ou o mínimo de coerência? E os teus? Esses teus dramas são lógicos? Para mim não.

Eu uso exemplos reais porque os vejo todos os dias! E são esses que contam para mim e não pedagogias baratas retiradas de páginas na net. Também não me parece que seja preciso ser muito iluminado para o entender.

As minhas respostas parecem de imitação infantil? Cá está a ofensa fácil! Uma hiena numa pele de cordeiro não deixa de ser hiena, meu amigo. Também levou uns tabefes na infância e agora gosta de chamar os outros de infantis e julgar-se a maior inteligencia à face da terra? É esse o problema?
Infantis são essas teorias muito bonitas e utópicas, mas totalmente desfazadas da realidade.
E se eu sou infantil, porreiro! Tem alguma coisa contra.
Expremendo o teu rococó discurso, cheio de cliches de pseudo-psicologias eu também não encontro nada de lógico, coerente ou útil. Teoria, teoria e mais teoria... É normal que te assustem os exemplos reais! Pudera...
Pensava que não estava a discutir nem a aturar ninguém, mas se tu o dizes... Também já me fartei de aturar os teus ares de superioridade pseudo-intelectual e os teus dogmas irreais.


Sim, as pessoas irão avaliar alguém que diz: " Não faz parte da minha panóplia argumentativa insinuar sobre assuntos pessoais ou picar" e depois diz: "aturar as tuas respostas que me parecem de imitação infantil"

Não leves a mal, mas agradecia que ficassemos por aqui.
Anonymous Anónimo, at junho 02, 2006 6:23 da manhã  
querida elise, é esta uma das canduras da blogosfera. todos a darem opiniões mais ou menos numa posição light e até irónica acerca dos temas, já que aqui não se resolvem os problemas do mundo (e até há quem diga que os problemas devem ser encarados de uma forma light), numa espécie de mesa redonda virtual. gosto de ti e da tua boa vontade. não gosto de pessoas que, não sabendo nada de nada têm extrema necessidade de fazer crer que sabem tudo, por isso nem me vou dar ao trabalho de responder a dossantos.
até jazz
Blogger Unknown, at junho 02, 2006 10:13 da manhã  
dos ?antos,

Atribui-me erradamente a frase:
«dei palmadas e uma tareia (...)»

Quem reclamou por eu comentar frases de um texto seu que não li na íntegra (conforme eu próprio referi) deve perceber que é muito pouco próprio atribuir-me uma frase que eu não escrevi.

Eu concordo com o dos ?antos em que devemos proteger os direitos fundamentais das crianças e, por exemplo, protegê-las dos maus tratos.
O ponto em que diferimos é que eu acho que uma palmada ou umas palmadas podem ser uma forma eficaz e eficiente de educar. E acho que o ponto de equilíbrio está entre o pai que bate na criança todos os dias por isto e por aquilo e o pai que, nunca lhe tendo batido, desconhece em que ano escolar está a criança.
Blogger Aves Raras, at junho 02, 2006 11:24 da manhã  
Caro sa morais,

Já vi que queres ficar por aqui. Por mim tudo bem, se dependesse da minha vontade, ficávamos aqui o tempo que fosse necessário. Ainda assim, respondendo às tuas "acusações":

- Não sou ninguém em especial para questionar a tua educação mas é o mesmo que discutir terrorismo com um terrorista, política com um político profissional, estatismo com funcionários públicos ou a síndrome de Estocolmo com sequestrados. Não sei se entendeste o que queria dizer mas julgo não poder fazer muito mais para ajudar. Talvez o problema seja mesmo o facto de que as pessoas não estão dispostas a admitir que podem ser influenciadas por esse factor. O problema típico é que as pessoas vão encarar uma discussão deste género como um ataque pessoal e acabam a defender-se a si mesmas e ao que sofreram ou praticaram também elas próprias

- Não tive a educação perfeita porque não existe educação perfeita. Se te referes a não ter levado nenhuma vez, foi bem o contrário. E que conste que continuo sem ver-lhe a "utilidade pedagógica", como a Elise apontava assim para o caso dela também. Na altura e agora.

- Não vejo onde disse ter sabedoria absoluta, seja lá o que isso for. Curioso é que as pessoas que não estão dispostas a discutir digam sempre isso. Repara que não proponho nenhum modelo específico de educação para as crianças. Isso é com os pais, não comigo. Se querem ser indiferentes, é lá com eles. Violar certos direitos é outro assunto e é isso que estamos a discutir.

- Para começar, não usaste exemplos reais, usaste "um exemplo real" que não tem nada a ver com o assunto. Já discuti o caso, se não queres falar sobre o que eu disse, estás à vontade. Eu também já reparei que não desejas sequer discutir o exemplo, limitas-te apenas a dá-lo para justificar outra coisa quando ambas não estão sequer relacionadas. Confesso que também não vejo o que tem a net a ver com isto. Eu não sou um ser virtual.

- As tuas repostas são de imitação infantil. Não é uma ofensa nem uma insinuação, é um facto. Ou não admites que copiaste as minhas respostas mais do que uma vez (como aliás, continuas a fazê-lo)? Isso para mim é infantil assim como para muita outra gente. Não argumentas nada, só contradizes usando as minhas próprias frases acerca das tuas e depois acusando-me de supostamente te insultar ou qualquer coisa do género. Isso é bonito de se fazer, especialmente quando de deseja desviar o assunto?

- Não sei o que tem a minha inteligência (ou falta dela) a ver para o caso, mas é certo que sou uma das poucas nesta caixa de comentários que se mostra disposta a discutir o assunto com racionalidade. Já reparaste que estás constantemente a atacar a minha "forma" enquanto eu discuto o teu "conteúdo"?

- Não sei o que é que tem de "utópico" ou "desfasado da realidade" não bater nas crianças. O que tu não entendes é que isto não é uma teoria pedagógica, é um direito que deveria assistir às crianças na sua forma negativa -- não bater. Não é nenhuma filosofia pedagógica. Por isso atacar o que eu digo por ser uma ?teoria? e não apresentar parte prática não faz sentido.

- Meu caro, se eu tenho dogmas, deveria ser fácil refutá-los com premissas lógicas. Continuo a aguardar. Se qualquer pessoa que questiona os assuntos ou se atreve a contrair a tendência da "carneirada" dá ares de superioridade intelectual é fácil entender porque nunca se conseguem falar de coisas com o mínimo de seriedade (seja ciência, política ou qualquer outra coisa)...
Blogger Unknown, at junho 02, 2006 7:29 da tarde  
«querida elise, é esta uma das canduras da blogosfera. todos a darem opiniões mais ou menos numa posição light e até irónica acerca dos temas, já que aqui não se resolvem os problemas do mundo (e até há quem diga que os problemas devem ser encarados de uma forma light)»

Cara eduarda maria,

Não vejo forma de discutir de uma forma «light» uma coisa que acho repugnante assim como não consigo discutir de uma forma «light» os atentados de Madrid, Londres, etc. Não vejo que tem de «light» nem porque há de ser «light». Muito menos porque há-de ser irónico mas não me cabe a mim julgar a disponibilidade pessoal que cada um tem para discutir determinadas matérias.

«não gosto de pessoas que, não sabendo nada de nada têm extrema necessidade de fazer crer que sabem tudo, por isso nem me vou dar ao trabalho de responder a dossantos»

Eu também não gosto propriamente de pessoas que lançam frases bem-pensantes ou não têm a vontade (ou capacidade) de inquirir uma dada coisa. Ainda assim, dou-me ao trabalho de lhes responder de vez em quando. Precisamente quando considero que os assuntos não são nada... light.
Blogger Unknown, at junho 02, 2006 7:31 da tarde  
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Blogger Unknown, at junho 02, 2006 7:31 da tarde  
@aves raras:

«Atribui-me erradamente a frase (?)
Quem reclamou por eu comentar frases de um texto seu que não li na íntegra (conforme eu próprio referi) deve perceber que é muito pouco próprio atribuir-me uma frase que eu não escrevi.»


Tem toda a razão. Peço desculpa pelo equívoco, foram várias respostas e acabei por misturar as citações. A resposta que foi com o seu nome era para a eduarda maria . Não vejo onde está o que escrevi para si, não sei se foi um problema da caixa de comentários.

«Eu concordo com o dos ?antos em que devemos proteger os direitos fundamentais das crianças e, por exemplo, protegê-las dos maus tratos.
O ponto em que diferimos é que eu acho que uma palmada ou umas palmadas podem ser uma forma eficaz e eficiente de educar. E acho que o ponto de equilíbrio está entre o pai que bate na criança todos os dias por isto e por aquilo e o pai que, nunca lhe tendo batido, desconhece em que ano escolar está a criança.»


Para começar, obrigado por ser a única pessoa por aqui com uma posição antagónica mas disposta a discuti-la (ave rara, pelo que vejo).

Mas novamente vejo aí uma coisa que também via no que dizia o sa morais. A questão não é entre um pai/mãe indiferente à educação dos filhos e outro que lhe bate com assiduidade. Um pai indiferente pode bater nos filhos (não é assim raro?) e um pai atento pode não lhes bater. A questão está no direito que têm os pais de bater nos seus filhos. Eu também acredito que uma palmada pode ser muito "eficaz e eficiente" mas a criança continuará sem compreender o que está mal na situação e sem ter um desincentivo real (que não o do medo pela reacção dos pais) para o seu comportamento errado. Há um exemplo muito comum que é aquele em que os pais perguntam ao filho se foi ele que fez asneira X e pela hostilidade anunciada dos pais, ele nem sequer diz a verdade por medo à reacção física dos pais ? isto é algo que infelizmente se vê todos os dias. [Ou seja, no fundo anda-se a criar fornadas de pessoas que necessitam da mentira para se evadirem das suas próprias acções e não conseguem admitir que erraram na vida adulta]

Se defendemos estes métodos pela questão da eficácia, haverá muitas coisas que também poderão passar a ser consideradas, embora completamente injustificáveis do ponto de vista de certos princípios que tanto são naturais como garantidos (se não são, deviam sê-lo) por um estado de direito.
Blogger Unknown, at junho 02, 2006 7:39 da tarde  
esta questão tem de ser debatida. nao podemos fugir dela, sobretudo numa altura em que a violência sobre crianças se vulgariza.
aconselho que googlem "baumrind" e "estilos parentais" para obter mais informação sobre o que é ser permissivo, negligente, autoritário ou democrático. por exemplo, podem ler este texto.
diana baumrind é uma psicóloga de referência no que diz respeito aos estilos parentais. mas há muita controvérsia sobre este assunto. eu pessoalmente aconselho que se evitem os castigos corporais.
Blogger Elise, at junho 02, 2006 10:17 da tarde  
Este santos é mesmo um palhaçito... K totó!De k galáxia veio este "mindless". Não lhe dêem paleio, people. Estes gajos que dizem que nem dão uma palmada nas crianças são os piores...
Anonymous Anónimo, at junho 03, 2006 3:49 da manhã  
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Blogger Unknown, at junho 05, 2006 10:33 da manhã  
1- eu aconselho que se evitem psicólogos.
2 - estou com o magriço.
Blogger Unknown, at junho 05, 2006 10:34 da manhã  
magriço: «Este santos é mesmo um palhaçito... K totó!De k galáxia veio este "mindless". Não lhe dêem paleio, people. Estes gajos que dizem que nem dão uma palmada nas crianças são os piores...»

eduarda maria: «2 - estou com o magriço.»

Muito bem, muito bem. E que tal discutir o assunto, já agora e não desviar para insinuações paralelas e infundadas?
Blogger Unknown, at junho 05, 2006 1:51 da tarde  
abençoado anonymous. fechou com chave de ouro um rol de comments que já não tinha ponta por onde se pegasse.
Blogger Unknown, at junho 06, 2006 10:24 da manhã  
comentário do anónimo apagado porque se ele quer fazer pub neste espaço tem de pagar. ora...

***
porquê tanta confusão? o dos Santos não está a defender a permissividade parental.

existindo alternativas ao castigo fisico, para quê (ou porquê) insistir na palmada?
Blogger Elise, at junho 06, 2006 3:44 da tarde  
Concordo plenamente com a Elise e o Sérgio dos Santos, e acrescentando ainda, que existem tb outras alternativas para a coacção psicológica. Quer a agressão fisica, quer psicológica deixam marcas indeléveis, ou seja, depressões e baixa auto-estima...
Anonymous Anónimo, at junho 07, 2006 5:56 da tarde  

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