sexta-feira, maio 05, 2006

Nós por cá

Abençoada paridade!
Ayatollah Drago continua com o seu show de stand-up comedy:
O Governo veio esclarecer a sua posição em relação ao programa de enriquecimento de urânio do Irão a pedido do Bloco de Esquerda. A deputada Ana Draga acusou o ministro de ter mudado de posição desde que assumiu o cargo ministerial, tendo passado de «político corajoso» a responsável do Governo «complacente» com as ambições desmedidas» dos EUA. Para o Bloco de Esquerda, a tensão que se vive agora em relação ao Irão é semelhante à que antecedeu a invasão do Iraque. A «nova cruzada em preparação» suscita «estranheza», defendeu Ana Drago, recordando que a Coreia do Norte, a China e o Paquistão têm actualmente armamento nuclear, e que o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) permite o enriquecimento de urânio para fins pacíficos. PD
A coragem política de quem defende a ambição nuclear de um estado fascista, cujo presidente deseja a eliminação de Israel! C'est chic!

»»««

Nanny State
Os deveres básicos de uma família são os de assegurar a sobrevivência, a protecção e o crescimento saudável dos seus membros, não esquecendo a importância do afecto e da socialização (ensinar normas, deveres e direitos). Mas o Estado (mesmo com as melhores das intenções) tem gradualmente interferido nos deveres parentais. Ao implementar esta medida o Nanny State assume que burocratas enfiados num escritório sabem melhor do que ninguém, proteger as crianças do que não é saudável, enfraquecendo ainda mais o papel dos progenitores.
A obesidade infantil é realmente um problema assim como a permissividade dos pais perante os hábitos alimentares dos seus filhos. Mas a questão não se cinge ao universo escolar e o Estado não tem o direito de assumir um papel que não é o seu. Aliás, o Nanny State tem um efeito perverso quando em vez de alertar, sensibilizar ou promover parcerias entre famílias e escolas, intromete-se e não reconhece a importância dos pais na educação dos seus filhos, dentro e fora do ambiente escolar.
O problema da obesidade começa em casa, com os hábitos alimentares que (não) são incutidos desde cedo. Se os pais assumissem as consequências da forma como educam as suas crianças, a postura permissiva teria os dias contados.
Escrito por Elise às 4:00 da tarde

6 Comments:

Olha, amiga
Acabei de ver o teu comentario no Maresia-Mar.
Pela tua resposta vim até cá.
Mas quero dizer-te sobre o teu post muito interessante, que sei de perto do que falas.
A maioria dos pais, geralmente ao fim de semana "enfia-se" nos centros comerciais e atascam-se com fast food. Pelo menos aqui nesta zona.
Gostei de visistar-te.
Beijos
Blogger Hata_ mãe - até que a minha morte nos separe Hugo !, at maio 05, 2006 5:11 da tarde  
obrigada pela visita.

muitos maus hábitos começam porque os pais não conseguem ou não querem enfrentar os filhos. e esta medida do estado é contraproducente para mudar tais atitudes.

uma criança há-de sempre fazer birra porque quer o bollicao, ou quer o phoskito (eu gosto tanto :P) mas os pais têm de explicar as vezes que forem necessárias que aquelas coisas boas fazem mal. muito mal.

também poderiamos falar da % de refeições que as crianças fazem na escola. até podem fazer dieta na escola, mas de que adianta se quando chegam a casa comem fritos, fast food, etc, etc.

e mais, o estado também vai controlar os cafés, restaurantes, supermercados?

está na altura da sociedade civil assumir responsabilidades.

abraço forte
Blogger Elise, at maio 05, 2006 6:38 da tarde  
E a Ana Drago ainda consegue tempo de antena? O melhor é deixar falar... ignorando.
Blogger Gonçalo Taipa Teixeira, at maio 05, 2006 7:11 da tarde  
Ironicamente, a má alimentação actual salvará a segurança social.
Blogger Nino, at maio 05, 2006 8:37 da tarde  
Nanny State: bravo!

Só gostava de acrescentar que só não haveria objecção a que o Estado impusesse este tipo de medidas às "suas" escolas, se estas funcionassem em regime de concorrência com as escolas privadas. Ou seja, se o Estado em vez de pagar as escolas (com os impostos das pessoas), pagasse às pessoas, e estas pudessem escolher entre as escolas (estatais ou públicas) existentes no mercado - e apareceriam muitas. As escolas estatais poderiam "dar os exemplos" que quisessem, sabendo que lá fora haveria outras instituiçoes de Ensino eventualmente mais permissivas (neste tipo de coisas), ou mais intransigentes (droga, indisciplina)— e assim as pessoas não tinham de ser "educadas" como educar os seus filhos pelo Estado.

Deixo aqui um link para os leitores: A Nation of Ratfinks, Mises.org
Blogger AA, at maio 07, 2006 12:17 da manhã  
O bloco sempre deixou claro que Israel não é um estado da sua preferência.
Um assassínio sobre um Israelita é mais limpo que um assassínio de um palestiniano.

Já agora que fazia o bloco na manifestação em Atenas na sexta-feira? Estaria estudar a forma para organizar uma por cá?

Boa semana.
Anonymous Anónimo, at maio 07, 2006 8:40 da tarde  

Add a comment