Apesar de todas as reformas iniciadas pela Turquia tendo em vista a adesão à UE, dezenas (algumas ONG's estimam que sejam centenas) de raparigas ou mulheres são assassinadas anualmente pelos seus familiares nos chamados crimes de honra. As novas gerações, especialmente as raparigas que residem em áreas rurais, recusam as tradições patriarcais que proibem a socialização com o sexo oposto ou simplesmente a escolha do homem com quem querem casar. Este choque entre a tradição e um estilo de vida mais moderno, levou também ao aumento de suicídios entre raparigas e mulheres jovens incapazes de lidar com as pressões familiares. Os pais tinham por hábito incentivar os filhos mais novos a assassinarem as suas irmãs, porque sendo menores, a pena de prisão seria apenas de meses. Mas com o endurecimento das penas relacionadas com estes crimes, a táctica mudou - a família pressiona a rapariga ou a mulher a cometer o suicídio. Grupos de defesa dos direitos da Mulher afirmam que adolescentes são encerradas num quarto durante dias, com veneno para ratos, uma pistola ou uma corda. Só este ano na cidade turca de Batman, 36 mulheres cometeram suicídio. Apesar de todos os esforços, mudar uma cultura que promove ou tolera estes crimes demora o seu tempo. Mas não deixa de ser importante denunciar e informar as mulheres dos seus direitos.
Não digas que eles não são civilizados, senão tens logos uns quantos cães raivosos à perna! No fundo, é tudo uma questão de educação: uns têm-na de uma forma, outros doutra. (Também quem não a tenha ;))