A juíza que preside ao julgamento do caso Casa Pia aceitou esta sexta-feira, como prova documental, todas as escutas telefónicas feitas ao ex-deputado socialista Paulo Pedroso, podendo estas servirem de matéria de inquirição às testemunhas.
A admissão na 203ª sessão, pela juíza Ana Peres das intercepções telefónicas contidas no apenso AZT resultou de um requerimento para o efeito de José Maria Martins, advogado do principal arguido Carlos Silvino da Silva, que insistiu na sua «importância» para se perceber o «enorme tráfico de influências, ao mais alto nível» na tentativa de manipular a prova neste processo. Já na anterior sessão, a juíza havia permitido, também a pedido do advogado de «Bibi», que o inspector chefe da PJ Dias André fosse confrontado com escutas a Paulo Pedroso, nas quais são feitas referências ao arguido Carlos Cruz. O defensor de «Bibi» pretendeu demonstrar que Carlos Cruz manipulou a prova, designadamente através da Comunicação Social, pois numa conversa entre Paulo Pedroso e o ex-juiz Simões de Almeida é referido que o apresentador teria «comprado» a capa da revista «Focus». PD