
quinta-feira, setembro 28, 2006
Servidão
A esquerda parlamentar chumbou esta quinta-feira o diploma do PSD sobre gestão e autonomia das escolas, com as críticas a centrarem-se no processo defendido para a nomeação dos directores e a possibilidade dos pais escolherem livremente os estabelecimentos, noticia a agência Lusa.Incrível como algo tão simples como a escolha de um estabelecimento de ensino arrepia a esquerda. Porque não podem os pais usufruir dessa liberdade?
(...)
A possibilidade de os pais escolherem livremente a escola onde querem colocar os seus filhos foi um das questões criticadas pelo PS, com o deputado João Bernardo a salientar que a sua bancada «está completamente em desacordo» com esse princípio.PD
As escolas teriam de competir entre si para atrair os alunos; a gestão e a administração seriam mais cuidadosas. Sem a liberdade de escolha, não há incentivos reais para mudar o que há de errado no ensino público. E as crianças de um NSE mais baixo dificilmente terão a oportunidade de usufruir de um ensino com qualidade.
Quantas gerações terão de ser sacrificadas nas mãos de burocratas que decidem com o dinheiro dos nossos impostos onde devem estudar os nossos filhos?
Nota: o Estado português gasta com cada aluno, cerca de 4330 euros por ano lectivo. Porque não implementar o cheque ensino?
Escrito por Elise às 8:25 da tarde
6 Comments:
Tal e qual Elise!
A ideia do cheque ensino é brilhante! Concordo com o princípio da escolha da escola, mas sem esquecer que todos devem ter direito a um ensino de qualidade!
Beijos
Beijos
Excelente. O cheque ensino não é implementado por uma razão a meu ver muito simples: desses 4330 apenas uma parte muito reduzida é gasta efectivamente com o aluno. É preciso manter a todo custo o status quo vigente.
Um dos argumentos do deputado é mesmo de rir: "Isso cria escolas de primeira, de segunda e de terceira", como se as pessoas mais desfavorecidas não pudessem escolher também as melhores escolas para os seus filhos (creio que falaria em termos "classistas"). Desde que a igualdade no acesso estivesse garantida não vejo em que medida essa situação ocorreria. Ocorreria é certo uma maior concentração de melhores alunos nas melhores escolas. Mas será que o deputado em causa quando escolheu a universidade onde estudou não escolheu a universidade que lhe dava maiores garantias de qualidade?
, at Um dos argumentos do deputado é mesmo de rir: "Isso cria escolas de primeira, de segunda e de terceira", como se as pessoas mais desfavorecidas não pudessem escolher também as melhores escolas para os seus filhos (creio que falaria em termos "classistas"). Desde que a igualdade no acesso estivesse garantida não vejo em que medida essa situação ocorreria. Ocorreria é certo uma maior concentração de melhores alunos nas melhores escolas. Mas será que o deputado em causa quando escolheu a universidade onde estudou não escolheu a universidade que lhe dava maiores garantias de qualidade?
Para evitar grandes diferenças de qualidade das escolas, o governo prefere nivelá-las todas por baixo. É uma opção. Espero que depois não fujam à sua responsabilidade, daqui a uns 15 anos.
Que podemos esperar deste bando de imbecis que esta determinado a destruir o que ainda resta do sistema ensino.
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O mestre-escola, se alguma vez regressar a actividade escolar tem o legítimo receio de que a única opção de escolha seja nesse caso uma escola de 3º ou de 4º categoria.
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